Os mais de 600 alunos do Colégio Estadual Castelo Branco, em São Miguel do Iguaçu, na Região Oeste, vão voltar a ter aulas de Educação Física. Ou Educação Física de verdade, após um hiato de mais de sete anos. O Governo do Estado está reconstruindo o ginásio de esportes do centro de educação. O local ficou bastante danificado depois que um vendaval em 2013 arrancou a cobertura e danificou parte da estrutura.
Desde então, as práticas esportivas funcionam em locais improvisados, como o saguão da escola. Sem o teto, o que sobrou da quadra estava quase sempre interditado por motivos climáticos, seja chuva ou sol. Nesses casos, a atividade era substituída por aulas teóricas ou consoladores duelos de ping pong.
O investimento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) no novo ginásio é R$ 577.056,41, com previsão de conclusão para o primeiro trimestre de 2021. O pacote de ações inclui ainda piso novo, escada, rampa de acesso e instalação de extintores, placas e luminárias.
“A ideia é oferecer a melhor estrutura possível aos alunos da Rede Pública de Ensino, para que possam se desenvolver e se preocupar apenas em estudar. Agora os estudantes dessa escola em São Miguel do Iguaçu terão um centro de esportes completo, estruturado para receber as aulas de Educação Física”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Além disso, o espaço pode servir como um grande centro cultural para as atividades do colégio”, acrescenta.
É o que projeta também a diretora do Castelo Branco, Anelise Carradore Lutz. Ela pensa em um calendário com gincanas, festas comemorativas e peças teatrais, entre outras ações, ocupando horários paralelamente às aulas esportivas.
“Vai mudar totalmente. Poderemos oferecer conteúdos diferenciados, atendendo a um desejo antigo dos alunos. Era triste vê-los sem poder usar o ginásio ou passando mal por causa do sol quando se tinha alguma atividade. Alguns até sofriam com bolhas nos pés por causa do calor”, revela.
EXPECTATIVA – As amigas Katiely Golinski Caetano, 13 anos, do 7º ano; Maria Luíza Machado da Silva, 14 anos, do 8º; e Yasmin Quevedo dos Santos, 12 anos, do 6º, moram nos arredores do Castelo Branco. Acompanham diariamente a movimentação de pedreiros e pintores na expectativa da entrega do ginásio.
Agora, há poucos meses da conclusão da obra, elas torcem para que uma vacina vença o coronavírus, retomando o ritmo normal das aulas, prejudicado desde março em razão da pandemia. “Quase não fazíamos nada no ginásio. Esporte era bem raro treinar”, diz Katiely. “Ou ficávamos sentadas conversando ou jogando ping pong, muito ruim”, completa Maria Luíza. Caçula do grupo, Yasmim é quem vai aproveitar por mais tempo a nova estrutura. “Não vejo a hora, vai melhorar muito”, conta.
120 ESCOLAS – Atualmente, a Fundepar conta com obras em andamento em 120 escolas da rede estadual, um investimento de cerca R$ 90,6 milhões.
Além do que está em execução, a Fundepar e a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte estão levantando os projetos que já estavam previstos, mas ainda precisam ter um encaminhamento.
Também está sendo feito uma pesquisa das principais demandas das 2.126 unidades de ensino do Estado, para que sejam executadas nos próximos meses. “Estamos em uma caminhada para fazer da educação do Paraná uma das melhores do mundo, temos essa ambição. Para isso, trabalhamos muito com projeto inovadores”, destaca o secretário de Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder.
“Queremos que os alunos e os profissionais da Educação se sintam acolhidos, sintam que o ambiente é propício para a aprendizagem e também para o convívio da comunidade escolar. As escolas são ambientes de crescimento e bem-estar, e devem proporcionar isso”, acrescenta ele.
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