Em meio ao clima olímpico, 187 estudantes da rede pública estadual também sentiram o gosto de ter seu mérito premiado ao conquistarem medalhas na 24ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Ao todo foram 79 medalhas de ouro, 79 de prata e 29 de bronze de 54 diferentes instituições estaduais em 38 municípios.
Quatro colégios, por exemplo, conquistaram mais de 10 medalhas cada um, três da Polícia Militar: de Cornélio Procópio (24), Curitiba (16) e Londrina (14), e a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças, de Irati (13).
As provas foram realizadas no fim de maio em quatro níveis: do 1º ao 3º, do 4º e 5º, e do 6º ao 9º anos do ensino fundamental, além do ensino médio, sendo os últimos dois aplicados na rede estadual de ensino. Não era permitida a consulta a materiais físicos, internet ou pessoas, mas era possível usar calculadora.
Os conteúdos variaram dependendo do nível, mas abordaram a lei da gravitação universal, leis de Kepler, Hubble, a origem do universo e história da Astronomia, o sistema solar, corpos celestes e demais fenômenos físicos e químicos, além da parte aeronáutica, que tinha temas como a exploração de Marte, a importância de um programa espacial nacional, o efeito estufa e o buraco na camada de ozônio, sondas, telescópios e foguetes espaciais, entre outros temas.
Uma das medalhas de ouro foi para Erán Martinez Ramos, do 9º ano do Colégio Estadual do Paraná. O estudante, aliás, repetiu o ouro conquistado na 23ª OBA. Na sexta-feira passada (30), quando a OBA liberou os resultados deste ano, ele foi homenageado pelos resultados do ano passado. Desde o 6º ano ele frequenta o Observatório Astronômico do CEP, junto com seus familiares, que fazem parte do Cacep, o Clube de Astronomia do Colégio Estadual.
“Estou muito feliz, pois desejo ser astronauta e astrônomo”, disse o estudante, que também foi medalhista de bronze na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) de 2020.
Outro ouro foi para Marcos Henrique Santiago Celestino, estudante do 8º ano na Escola Estadual Princesa Izabel e da sala de altas habilidades do Colégio Estadual Igléa Grollmann, ambos de Cianorte, no Noroeste. O adolescente de 13 anos faz parte dos cerca de 1,5 mil estudantes atendidos pelo Núcleo de Atividades para Altas Habilidades/Superdotação (NAAH) no Estado. “Esta foi a primeira de muitas que virão”, garante a professora de altas habilidades, Romilda Borges Martins.
OBA – A OBA é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) entre alunos de todos os anos do ensino fundamental e médio em todo território nacional e no Exterior, desde que por escolas de língua portuguesa. Devido à pandemia, a OBA foi realizada tanto na forma presencial na escola quanto virtualmente.
Ela tem por objetivos fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia, Astronáutica e ciências afins, promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa, mobilizando além dos próprios alunos, seus professores, coordenadores pedagógicos, diretores, pais e escolas, entre outras instituições voltadas às atividades aeroespaciais.
CRITÉRIO – Como critério de premiação, as medalhas de ouro foram para alunos do 6º ao 9º anos (nível 3), conferidas a quem obteve nota igual ou superior a 8,20; as de prata para nota igual ou superior a 7,60 e menor que 8,20, e as de bronze para nota igual ou superior a 7,40 e menor que 7,60. Já o intervalo de notas para as medalhas do ensino médio (nível 4) era igual ou superior a 8,00; igual ou superior a 7,60 e menor que 8,00 e igual ou superior a 7,40 e menor que 7,60.
Fonte: Agência Estadual de Notícias