O trabalho de fitossanidade desenvolvido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) colabora para garantir a segurança alimentar dos paranaenses durante a pandemia. Atividades como a inspeção de resíduos de agrotóxicos, da qualidade dos insumos agrícolas, vigilância e monitoramento de pragas e acompanhamento das propriedades com certificação fitossanitária continuam funcionando, com cuidados redobrados para prevenção do novo coronavírus.
A fiscalização garante acesso a insumos de qualidade aos produtores rurais e alimentação saudável para a população.
Entre as atividades, está o monitoramento de pragas com alto potencial de dano para a agricultura.
“Traça-da-Macieira, ou Cydia pomonella, recentemente erradicada do Paraná, após trabalho dos fiscais de Defesa Agropecuária, permanece com o monitoramento por meio de armadilhas instaladas para detecção, o que possibilita a identificação de uma possível reentrada e imediata ação de contingência”, explica o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Blood.
Da mesma forma, a Certificação Fitossanitária, com a emissão de Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) e Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), não foi paralisada, permitindo a continuidade do trabalho dos Responsáveis Técnicos pelas áreas produtivas e unidades de comercialização.
“Esse trabalho mitiga o risco de disseminação de pragas e possibilita o acesso dos produtos vegetais paranaenses aos mais diversos mercados”, diz o diretor de Defesa Agropecuária Manoel Luiz de Azevedo.
UVA FINA – Além disso, há aproximadamente um mês os fiscais atuam nas regiões produtoras de uva fina de Marialva e Jandaia do Sul, aperfeiçoando a certificação fitossanitária de origem em propriedades rurais. “Neste período é fundamental que a população tenha acesso a alimentos saudáveis e de qualidade. Mesmo com as dificuldades diante de uma pandemia mundial, o trabalho da Adapar continua, de acordo com todas as recomendações de prevenção, contribuindo para a consolidação de uma agricultura segura e produtiva no Paraná”, diz o diretor-presidente da Adapar Otamir César Martins.
AGROTÓXICOS – No mês de maio, fiscais de Defesa Agropecuária coletaram amostras de feijão para análise de possíveis resíduos de agrotóxicos. Essa verificação é realizada por meio de coleta de amostras nas propriedades rurais, possibilitando a detecção de ingredientes ativos proibidos ou acima do Limite Máximo de Resíduo (LMR), de acordo as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Simultaneamente, foram coletadas amostras de fertilizantes foliares, para apurar possíveis não conformidades na composição, em especial a adição de ativos de agrotóxicos, que entre outros problemas poderia causar resíduo proibido na lavoura e danos à saúde do consumidor”, diz o engenheiro agrônomo e coordenador do programa Alimento Seguro da Adapar, João Miguel Toledo Tosato.
REGISTROS – As fiscalizações para os registros iniciais de comerciantes de insumos agrícolas também continuam. Recentemente, a Adapar passou a exigir o registro de comerciantes de mudas cítricas.
As orientações para atendimento da Portaria 359/2019, que dispõe sobre a produção e comercialização de citros, estão no Manual para Registro de Comerciante de Mudas dos Gêneros Citrus, Poncirus e Fortunella
COMÉRCIO – Outra atividade é a de coibir o comércio irregular de mudas e sementes e ao mesmo tempo propiciar ao produtor rural paranaense acesso a insumos de qualidade.
No final do mês de abril foi interceptado um carregamento irregular de mudas de diversas frutíferas em trânsito do estado de São Paulo para o Paraná desacompanhadas de Nota Fiscal, Termo de Conformidade ou CFO, totalizando 151 mudas, sendo 102 de citros.
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