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Paraíba é pioneira no desenvolvimento e produção de acerola mais saborosa e rentável

Publicado em: 12/11/2025 17:59

Depois de mais de duas décadas de pesquisas, foi lançada nesta quarta-feira (12) a cultivar de acerola denominada Rubi-PB, desenvolvida pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) e o Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (CCA), com validação no Registro Nacional de Cultivares. O lançamento ocorreu no Campus II da UFPB, em Areia, no Brejo paraibano.

O registro desta cultivar (forma de uma planta cultivada) representa um marco para o desenvolvimento da região e do setor agrícola em todo o País. Com a validação no Registro Nacional de Cultivares (RNC), em setembro de 2024, a Rubi-PB passou a ser primeira fruteira desenvolvida e registrada na Paraíba. A variedade da acerola (Malpighia emarginata DC.) se destaca em produtividade, pelo teor de sólidos solúveis, sabor e coloração da polpa em relação a outras variedades.  

A solenidade de lançamento da Rubi-PB contou com as presenças do presidente da Empaer, Aristeu Chaves; do diretor de pesquisa da Empaer, Aderval Monteiro Valença Dias, e a professora Magnólia Araújo Costa, diretora da Agência do Tecnológico da UFPB, que representou a reitora da UFPB, Terezinha Dominicano, além de pesquisadores envolvidos nas pesquisas, inclusive o professor João Bosco, que iniciou as análises por volta do ano de 2000, na antiga Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (Emepa).

O presidente da Empaer, Aristeu Chaves, considerou de grande importância as pesquisas sobre a nova variedade de acerola porque se adapta muito bem ao clima do semiárido do Nordeste e abre perspectivas de investimentos. 

Histórico – Há cerca de 25 anos, o pesquisador João Bosco iniciou as pesquisas, utilizando materiais testados no Banco de Germoplasma da antiga Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (Emepa). No ano de 2006, com os avanços, o projeto passou a ser conduzido pela pesquisadora Gerciane Cabral da Silva, também da Emepa. No ano de 2019, a partir de uma parceria, as pesquisas foram desenvolvidas pelo Viveiro de Fruticultura do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais do CCA/UFPB.

Segundo a pesquisadora, a cultivar Rubi-PB apresenta elevado teor de ácido ascórbico e antocianinas, nutrientes essenciais que trazem benefícios à saúde. “A cultivar se destaca pela preservação do sabor e sua coloração vermelho-escarlate mais intensa e estável ao longo do tempo de armazenamento, além de maior tempo de permanência no pé, favorecendo a colheita antes de caírem ao solo, agregando valor comercial. Com isso, promoverá o desenvolvimento da cultura regional”, explicou. 

Os trabalhos de pesquisa conduzidos pela agrônoma Gerciane Cabral da Silva, pesquisadora da antiga Emepa (atual Empaer), conta com a colaboração das professoras Rejane Nunes de Mendonça e Naysa Flávia Ferreira do Nascimento, responsáveis pelo Laboratório de Fruticultura e Melhoramento de Plantas do CCA, além da servidora Jandira Pereira da Costa. 

A acerola Rubi-PB está à disposição dos produtores rurais, que poderão fazer as encomendas junto ao viveiro da Empaer na Estação Experimental Cientista José Irineu Cabral da Empaer (mudas certificadas) e no Centro de Ciências Agrárias da UFPB, que poderão produzir as mudas. Para o diretor de pesquisa da Empaer, Aderval Monteiro Valença Dias, a partir do primeiro trimestre de 2026, as mudas estão sendo preparadas para comercialização.

 

Fonte: Agência de Notícias do Estado da PB

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