Apesar de a Covid-19 ser a grande preocupação das autoridades sanitárias há mais de um ano, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) chama a atenção da população para que não relaxe com as medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, principalmente neste período de chuvas intensas na região amazônica.
De acordo com o primeiro Informe Epidemiológico de 2021, de 1º a 30 de janeiro deste ano, já foram registrados 55 casos confirmados de dengue, representando uma queda de 80,75% em relação ao mês de janeiro de 2020, com 291 casos confirmados da doença.
Os cinco municípios com maior número de casos confirmados são Itaituba (21), Novo Progresso (11), Belém (10) e Altamira (10).
“Embora os números sejam favoráveis neste início de ano e o estado do Pará tenha fechado 2020 com uma queda de 17,26% nos casos confirmados de dengue em comparação com 2019, não podemos relaxar com as medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti”, alertou a coordenadora estadual de Arboviroses, Aline Carneiro. “Temos que eliminar os possíveis criadouros dentro de casa, no jardim e quintal e também nos arredores de nossas casas”, afirmou.
Também em janeiro, foi confirmado um caso de chikungunya no município de São Domingos do Capim e um caso confirmado de zika no município de Santarém.
Em 2020, inclusive, houve um surto de casos de zika vírus nos municípios de Santarém, com 74 casos, e Prainha com 78, o que levou o Pará, a registrar um aumento de 243% nos casos de febre de zika vírus em relação ao ano de 2019. O surto foi controlado com ações municipais assessoradas e apoiadas pela Sespa, não tendo sido registrado nenhum caso de óbito. “Foram 74 casos em Santarém e 78 em Prainha, portanto, mais um motivo para evitarmos a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, enfatizou Aline Carneiro.
Sinais e sintomas – As manifestações clínicas dessas doenças são muito parecidas, por isso é importante prestar atenção nos sinais e sintomas: os principais sintomas da dengue são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve.
A chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos.
Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.
Todo caso suspeito de dengue, chikungunya e zika deve notificado pelo serviço de saúde imediatamente até 24 horas do atendimento do paciente.
Ações – Para o trabalho deste ano, a Coordenação Estadual de Arboviroses, já elaborou o Plano de Contingência Estadual de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus 2021; elaborou o orçamento para o primeiro quadrimestre de 2021, distribuiu larvicidas para os 13 Centros Regionais de Saúde; emitiu Nota Técnica 01/2021 com Recomendações da Coordenação Estadual de Arboviroses sobre a realização do Levantamento Entomológico (LIRAa e LIA), já recebeu os Planos Municipais de Contingência 2021 (dengue, zika e chikungunya) de 75 municípios paraenses e está lançando uma campanha nas redes sociais.
As principais medidas que devem ser tomadas pela população são as seguintes:
· Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados;
· Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;
· Não deixar água acumulada sobre a laje;
· Manter garrafas com boca virada para baixo;
· Acondicionar pneus em locais cobertos;
· Proteger ralos sem tampa com telas finas;
· Manter as fossas vedadas;
· Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana.
· Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.
Serviço: para solicitar orientações e denunciar existência de possíveis criadouros de mosquito, a população deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde do seu município.