A equipe multiprofissional da Unidade de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica, da Fundação Santa Casa, realizou na última semana a Gincana da Educação Emocional com o intuito de melhorar a relação interpessoal entre crianças, familiares e colaboradores do hospital.
O evento contou com diversas brincadeiras e atividades terapêuticas que buscam diminuir o impacto da pandemia na saúde mental das crianças atendidas e trabalhar os principais aspectos do bem-estar emocional.
Fernanda Lobato, terapeuta ocupacional da unidade, ressalta que é extremamente necessário dinamizar a rotina hospitalar e realizar uma abordagem criativa para que a criança possa receber os estímulos necessários para o bom desenvolvimento cognitivo, social e físico. “Apesar de estar necessitando de tratamento, há uma potencial melhora clínica que precisa ser estimulada através do trabalho com a questão emocional”.
Além de proporcionar uma sensação de bem-estar e auxiliar no combate ao estresse causado pela internação e procedimentos invasivos, as brincadeiras desenvolvidas pela equipe permitiram verificar as necessidades de cada paciente e realizar um tratamento individual que acompanhe o processo de reabilitação física e psíquica.
“Antes, elas tinham a oportunidade de ir à escola, frequentar um parquinho, fazer uma viagem, visitar um ambiente familiar, e agora também estão privadas disso. A proposta sócio emocional da gincana deste ano é reforçar ainda mais o zelo com a proteção emocional e trabalhar na prevenção de problemas futuros”, afirmou Fernanda Lobato.
Através da brincadeira, pais e crianças assistidas pela instituição aprendem que o acolhimento e a disponibilização de um sistema de suporte são os primeiros passos para promover e cuidar da saúde mental infantil.
Para Danielle Costa, mãe do pequeno Miguel, paciente que realiza hemodiálise todos os dias, há mais de um ano, a programação da Gincana de Educação Emocional é de fundamental importância para as crianças assistidas na Santa Casa e para os pais que acompanham os tratamentos dos filhos.
“Sou grata por essa gincana. A gente sabe que a hemodiálise é um tratamento difícil e este trabalho sobre as emoções vai nos ajudar muito no dia a dia da nossa rotina”, disse Daniela Costa.
Por Rafaela Soeiro (Ascom / FSCMP).
