Em apenas nove dias, o Fundo Esperança liberou R$48.400.797,22 para empreendedores no estado do Pará. De acordo com o Banpará, o recurso atendeu 16.507 pessoas (Físicas e Jurídicas) entre os dias 17 e 25 deste mês. O crédito, disponibilizado com juros de 0,2% ao mês, é uma alternativa aos impactos financeiros causados pela pandemia. A alternativa desenvolvida pelo governo do Estado trouxe alívio e a oportunidade de concretizar sonhos.
“O Programa Fundo Esperança representou para mim uma ajuda muito importante para equilibrar as minhas contas”, ressaltou o garçom autônomo, Brendo Miranda, de 23 anos. O profissional conta que conseguiu o financiamento de R$1.200,00 como pessoa física. O recurso chegou em um momento necessário, o garçom presta serviço para um restaurante, em Belém. Devido ao lockdown, o estabelecimento parou de funcionar e Brendo já está sem trabalhar há mais de quatro semanas.
O autônomo explica ainda que ao se inscrever no Fundo ficou feliz quando conheceu as vantagens oferecidas. “Me inscrevi pelo site para conseguir o financiamento e consegui o financiamento para pagar as parcelas em 36 meses e com juros baixos. Essas condições facilitaram muito, pois o valor que irei pagar por mês será pequeno e não irá comprometer a minha renda. Além disso, consegui quitar as minhas dívidas pendentes. Sem dúvida, qualquer ajuda é bem-vinda para pessoas físicas e jurídicas neste momento”, ressaltou Brendo Miranda.
O Fundo Esperança é uma linha de crédito disponibilizada com recursos do Tesouro estadual. Com até 36 parcelas mensais e carência de 180 dias para começar a pagar.
Enfrentando problemas financeiros por causa da suspensão das vendas por conta do lockdown em Belém, a comerciante, Bianca Silva, de 23 anos, ressaltou que Fundo Esperança vai ajudar a retomar o estoque da banca de conserto e venda de acessórios para celular. “Por causa da pandemia a nossa situação complicou e não tínhamos nenhuma outra fonte de renda. Achei o financiamento pelo Fundo Esperança muito bom, pois consegui um prazo longo para pagar o financiamento, além dos juros bem baixos. Com valor de R$2 mil iremos quitar as dívidas e comprar novos acessórios para vender quando as coisas melhorarem”, explicou a empreendedora.
Sobre o Fundo Esperança
Promovido pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), o programa disponibilizará R$ 150.036.739,74 em créditos para empreendedores por meio do Banco do Estado do Pará (Banpará).
Valor do crédito
O Fundo disponibiliza para Pessoa Física (profissionais da economia criativa ou empreendedor informal) até R$2.000,00. Microempreendedores Individuais possuem uma linha de até 5.000,00. Os valores para Pessoas Jurídicas são diferentes, microempresas podem obter até R$10.000,00 e as empresas de pequeno porte ou cooperativas: até R$50.000,00.
Prazo de resposta
Em até 45 dias após a inscrição, o cliente poderá comparecer à agência do Banpará escolhida para o saque, portando a documentação indicada. Na agência, estará disponível o contrato de crédito para assinatura e já poderá ser feito o saque dos valores liberados. Caso o cliente não compareça dentro do prazo estipulado, o contrato será cancelado para disponibilização dos recursos às novas inscrições.
Confira a documentação necessária para apresentar no banco:
Pessoa Física (integrantes da economia criativa ou empreendedor informal):
– Documento de identidade oficial com foto;
– Comprovante de residência no nome do beneficiário;
– Caso não haja comprovante de residência no nome do beneficiário, deverá ser apresentado Declaração de Residência;
– Certidão de Casamento / União Estável (se for o caso);
– Procuração quando houver representante legal;
Pessoa Jurídica (microempreendedor individual, microempresa, empresa de pequeno porte ou cooperativas):
– Documento de Identificação da pessoa jurídica (Certificado de MEI, Requerimento de Empresário Individual, Contrato Social) de acordo com o porte;
– Comprovante de domicílio da pessoa jurídica;
– Documento de identidade oficial com foto do(s) sócio(s) representante(s) legal(ais) da pessoa jurídica;
– Comprovante de Residência no nome do(s) sócio(s);
– Caso não haja comprovante de residência no nome do (s) sócio (s), deverá ser apresentada a Declaração de Residência.
O microempresário, Claudio Sousa, de 34 anos, é proprietário de uma vidraçaria, no bairro do Tenoné, e conseguiu garantir o financiamento pelo Fundo Esperança para dar continuidade e alavancar as vendas durante a pandemia. Ele foi até a agência do Banpará e conseguiu sacar o valor disponibilizado de R$3,5 mil. Com o dinheiro obtido por meio do programa estadual, o microempresário pretende adquirir novas janelas e boxes de banheiro para repor o estoque da loja e conseguir boas vendas neste período da pandemia. “Esse programa representa esperança e ajuda para os empreendedores que precisam de ajuda neste momento difícil”, destacou.
