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Casas penais do Estado receberão qualificação e terapia sonora


Terapia sonora e capacitação em técnica musical serão levadas às casas penais do Estado a partir de um projeto assinado, na quarta-feira (3), pelo governo do Estado. Ao lado da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Seap), a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Fundação Carlos Gomes e a Fundação Cultural do Pará (FCP) executarão o Projeto “Sons da Liberdade”, que dará mais esperança e capacitação para custodiados e custodiadas de três unidades prisionais do Estado.

As pessoas privadas de liberdade serão alcançadas com o projeto inédito, que oferecerá oficinas de cenotecnia, figurino e visagismo, ministradas por profissionais que participam do Curso de Formação do Festival de Ópera do Theatro da Paz, além de apresentações musicais e canto coral.

O projeto envolverá homens e mulheres custodiados no Centro de Reeducação Feminino (CRF), de Ananindeua; Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC) e Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel, localizada no Complexo Penitenciário de Santa Izabel. Durante a cerimônia de assinatura, ocorrida no Complexo do Palácio do Governo, o coral do CRF fez uma apresentação de forma virtual.

“Acabou um sistema que era de produção e sustento ao crime. Mas, além de restabelecer a segurança, precisamos garantir a ressocialização, por meio da garantia de direitos, acesso a saúde, educação e ocupação. É isso que estamos fazendo por meio desse projeto de união das secretarias. Isso permitirá que as pessoas se descubram e possam ter as mentes ocupadas. Agora, é produção de cultura”, destaca o governador do Estado, Helder Barbalho.

Mais do que ressocialização e qualificação, por meio do “Sons da Liberdade”, as pessoas privadas de liberdade atendidas receberão acompanhamento terapêutico, meditação guiada, audição de repertório erudito, musicalização por instrumentos de percussão e canto coral. Todas as atividades seguirão um cronograma montado pela Secult e Seap.

Para ministrar as atividades, o edital Arte Livre reúne várias secretarias como parceiros. “Vamos abrir de março até setembro para que os artistas com seus projetos na área de literatura, de contação de histórias, de oficinas de cultura alimentar, de teatro, dança, música, artes virtuais e com performances possam ocupar nossos teatros, coretos, galerias e também as unidades do sistema penal, democratizando o acesso à cultura”, destacou Ursula Vidal, titular da Secult.

Belchior Machado, diretor de Reinserção Social da Seap, explica que as diversas ações que serão realizadas no Projeto visam estimular e oportunizar o acesso à cultura às pessoas privadas de liberdade do Estado do Pará. “Isso irá potencializar o reconhecimento da diversidade humana, o desenvolvimento de talentos, a capacidade cognitiva, lúdica e criativa, por meio da linguagem sonora e seus produtos culturais”, afirma.

De acordo com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, a ressocialização é o principal pilar do sistema penitenciário. “Estamos avançando e vencendo. As pessoas privadas de liberdade precisam de inclusão. Além do trabalho, isso se dá através da arte e da cultura. Com isso, é possível adquirir uma condição para o sistema prisional de sustentabilidade do caminho que nós traçamos, para que elas não sejam mais indutoras da violência, mas sim promotoras da paz na sociedade”, comentou.

Fonte: Governo PA

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