InícioParáAtuação da Polícia Civil do Pará atinge recorde de apreensões em 2021

Atuação da Polícia Civil do Pará atinge recorde de apreensões em 2021


Um sítio de luxo na ilha de Outeiro acima de qualquer suspeita. Essa era a base que uma quadrilha especializada em tráfico de drogas usava para iniciar sua atuação no Pará. O que o bando criminoso não esperava era que fosse desarticulado pela Polícia Civil na última quinta-feira (4). No local, foram encontrados cerca de 300 kg de maconha, que estavam divididos em 350 tabletes. Entretanto, a ação não é isolada. Somente nos dois primeiros meses de 2021, a PC apreendeu mais de cinco toneladas de drogas e, nos últimos 30 dias, mais de três toneladas de maconha, oxi e cocaína. O trabalho é resultado de seis grandes operações que aconteceram em Belém, Castanhal, Benevides e Santarém.

Na ação em Outeiro, deflagrada pela Seccional de Icoaraci, foram apreendidos ainda um carro, uma carreta e diversos objetos para o fracionamento do entorpecente. Duas pessoas foram presas. Um dos envolvidos é venezuelano e tem extensa ficha criminal, que inclui a prática de tráfico internacional e duas prisões no estado do Amazonas. 

“A Seccional de Icoaraci (distrito próximo a Outeiro) começou essa apuração por meio de denúncia anônima. Foi constatado que o imóvel era um ponto estratégico para receber e vender a droga, pois tinha acesso por terra e água. Apesar de ser um local discreto, nossa investigação foi a fundo e deu essa resposta positiva para o cidadão”, disse o diretor da Seccional de Icoaraci, Thiago Dias.

A Divisão Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) encabeça o combate em todo o Estado por meio de investigações e diligências. O diretor da Denarc, delegado Pery Netto, diz que apesar do nível de atuação do Departamento ser estadual, não é raro os casos das investigações romperem divisas. “Pelo quantitativo de drogas, nossas investigações pairam por outros estados brasileiros e até mesmo outros países, como a Colômbia, Bolívia e Venezuela. São países produtores e que fazem fronteira com o nosso”, disse o delegado.

No dia 10 de fevereiro, agentes apreenderam 50 tabletes de skank em um veículo que estava em uma balsa, vinda de Manaus (AM). O entorpecente estava escondido na lataria de uma caminhonete. A Denarc identificou a irregularidade em águas paraenses e, de imediato, iniciou diligências. No momento da abordagem, ficou constatado que não havia ninguém no veículo, apenas o registro de resgate no porto belenense.

Segundo o delegado, estratégias como essa são utilizadas por traficantes como forma de burlar a inteligência da polícia paraense: “Apesar do nosso Estado ser de dimensões maiores que muitos países, nosso trabalho tem dado muitos frutos. Algumas investigações que fazemos na Divisão demandam um certo tempo, em razão da complexidade das pessoas investigadas. Alguns moram em outros estados, mas o resultado é visível. Nada do que foi apreendido nos últimos meses passou em branco aos nossos olhos”, enfatizou Perry.

As ações da polícia se refletem em números. Em 2019, foram apreendidos 3.4 toneladas de entorpecentes. O número subiu 111% no ano passado e somou 7.2 toneladas. As ações integradas da Divisão Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico também faz um trabalho integrado com diversos órgãos do sistema de segurança pública.

O delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, explica que os números estão em uma crescente, principalmente, pelo fortalecimento no setor de inteligência da PC. “Estamos, dia e noite, acompanhando nossas estradas e rios para dar tranquilidade à população. Além das apreensões, também retiramos das ruas os autores desta distribuição. É comum no momento do flagrante ter pessoas envolvidas no local investigado. Somente nessas últimas apreensões, cerca de 10 grandes traficantes foram presos e estão à disposição da justiça”, disse o delegado-geral.

Resende esclareceu, ainda, que essas ações refletem diretamente na repressão à criminalidade. Segundo ele, o tráfico de drogas está associado a inúmeros crimes, como homicídios, latrocínios, roubos e furtos: “Todos esses crimes têm relação. Por causa disso, a Polícia Civil criou, recentemente, uma delegacia especializada no combate à facção. As delegacias especializadas atuam de forma conjunta no combate ao tráfico de drogas e crimes co-relacionados. A PC pretende, ainda, avançar nas ações de inteligência policial”, finalizou.

Fonte: Governo PA

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