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Projeto Banco de Talentos incentiva empreendedorismo feminino com exposição até domingo (22)

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Visitantes do Boulevard Shopping podem conferir o projeto Banco de Talentos da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) até domingo (22), das 10h às 22h. No local está acontecendo exposição e venda de produtos personalizados, artesanato e outros trabalhos manuais confeccionados por mentoras que realizam oficinas e aulas para as atendidas nos núcleos do programa Direito Delas, que tem o objetivo de oferecer atendimentos social, psicológico e jurídico às vítimas diretas de violência.

“Entendemos que o empreendedorismo pode resgatar mulheres da violência doméstica e elas podem conquistar a independência financeira e dar um basta nas relações abusivas, além de melhorar a autoestima e a confiança”, diz a secretária Marcela Passamani, ao lado de Gilda de Souza, uma das mentoras das oficinas de customização de tecidos | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus

As mentoras realizam oficinas básicas de bordado livre, crochê no lacre, tricô, costura criativa e demais aulas para mulheres atendidas pelo programa. O objetivo é apoiar o empreendedorismo e o fortalecimento econômico de mulheres.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, visitou o espaço para conversar com as expositoras e conhecer os produtos. “Esta é mais uma oportunidade de valorizar os trabalhos que elas produzem. Entendemos que o empreendedorismo pode resgatar mulheres da violência doméstica e elas podem conquistar a independência financeira e dar um basta nas relações abusivas, além de melhorar a autoestima e a confiança, permitindo com que elas busquem apoio para sair de situações de agressão”, afirmou a titular da Sejus.

“Iniciativas como esta fazem a diferença na vida das pessoas, principalmente para as mulheres que sofrem violência, pois mostra para elas que elas podem ser quem elas quiserem”, diz a artesã Silvia Oliveira

Por meio do Direito Delas, o projeto Banco de Talentos já realizou 18 participações em edições do GDF Mais Perto do Cidadão, reunindo um total de 156 artesãs, além de três feiras do Banco de Talentos em shoppings da cidade, que contaram com a participação de 32 artesãs. O programa também ofereceu oito oficinas de artesanato, beneficiando 67 mulheres atendidas. “Essas ações têm fortalecido a presença e a capacitação das artesãs locais, impulsionando o desenvolvimento pessoal e profissional das participantes”, afirma Passamani.

Nas mãos de Sílvia Oliveira, 55 anos, há sempre fios de crochê e uma agulha de ferro. “A minha paixão pelo artesanato começou desde criança, hoje produzo minhas peças e vendo pela internet como forma de obter uma renda extra”. A artesã participou de uma oficina de empreendedorismo ofertada pela Sejus. “Iniciativas como esta fazem a diferença na vida das pessoas, principalmente para as mulheres que sofrem violência, pois mostra para elas que elas podem ser quem elas quiserem”.

Gilda de Souza, de 47 anos, é uma das mentoras das oficinas de customização de tecidos. “Comecei a atuar em artesanato após a perda do meu pai há 26 anos. Hoje, gosto de trabalhar com a criação de peças por meio da cartonagem, uma técnica que utiliza o papelão como principal matéria-prima de produtos. Esse tipo de exposição traz bastante visibilidade para o nosso trabalho”, destacou.

Coordenada pela Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), vinculada à Sejus, o projeto disponibiliza espaços gratuitos, por meio de parcerias com entidades ou iniciativas públicas e privadas, para a comercialização de serviços e produtos confeccionados por mulheres que participam dos núcleos do Direito Delas.

Serviço

Exposição do Banco de Talentos

Data: 16 a 22 de setembro
Horas: das 10h às 22h
Local: Boulevard Shopping (Setor Terminal Norte, conjunto J, Asa Norte).

*Com informações da Sejus-DF

 

Fonte: Agência Brasília

Com R$ 201,6 bi em agosto, arrecadação federal volta a bater recorde

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O crescimento da economia e as medidas de tributação para super-ricos voltaram a melhorar a arrecadação federal. Em agosto, as receitas do governo federal somaram R$ 201,6 bilhões, alta de 11,95% acima da inflação sobre o mesmo mês do ano passado. Segundo a Receita Federal, o valor é o maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

De janeiro a agosto, a receita arrecadou R$ 1,7 trilhão, alta de 9,47% acima da inflação na comparação com os oito primeiros meses do ano passado. O montante também é recorde para o período.

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação recorde de 2024 deve-se principalmente aos seguintes fatores: crescimento real (acima da inflação) e 19,31% no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital); crescimento real de 19,34% nas receitas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); crescimento real de 17,99% no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e comportamento das variáveis macroeconômicas, que refletem o crescimento da economia.

Em relação ao IRRF-Capital, o crescimento da arrecadação resulta da tributação dos fundos exclusivos, aprovada no fim do ano passado, que antecipou a cobrança de imposto. A alta da arrecadação do PIS/Cofins reflete o crescimento das vendas. Isso porque os dois tributos incidem sobre o faturamento e são diretamente ligados ao consumo.

Segundo a Receita, o aumento na arrecadação de IRPF decorre da atualização de bens e direitos no exterior determinado pela nova Lei das Offshores (empresas de investimentos no exterior). No início do ano, os contribuintes tiveram de atualizar os ativos e os investimentos em outros países.

Em relação às variáveis macroeconômicas, a alta da arrecadação é reflexo do crescimento da economia brasileira em 2024. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 1,4% no segundo trimestre. Os números acima das expectativas fizeram a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevar para 3,2% a previsão de crescimento do PIB em 2024.

Meta fiscal

Apesar da arrecadação recorde, o governo enfrenta desafios para cumprir a meta fiscal de 2024. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece que o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – deverá registrar déficit primário zero, com margem de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos.

O resultado primário representa o saldo positivo ou negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública. Para chegar ao centro da meta de resultado primário zero, o governo precisa de R$ 168 bilhões extras neste ano. Apesar do crescimento das receitas dos fundos exclusivos e das offshores, a equipe econômica enfrenta dificuldades em outras fontes de recursos que atrasaram, como os votos de desempate do governo nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

A nova estimativa de receitas para o Carf, órgão da Receita Federal que julga dívidas de grandes contribuintes, será divulgada nesta sexta-feira (20). Na ocasião, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgarão o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento.

Fonte: Agência Brasil

DMTT reforça linhas de ônibus para o Massayó Gospel

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O Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT) reforça 20 linhas de ônibus durante os dias 19, 20 e 21 de Setembro, para as apresentações do festival de música cristã, Massayó Gospel. O objetivo é garantir um deslocamento seguro e melhores condições de mobilidade para quem vai curtir os shows.

O planejamento assegura a locomoção para os moradores de bairros distantes ao fim do evento. As apresentações acontecerão no estacionamento do Jaraguá, a partir das 18h desta quinta-feira(19). Além das viagens adicionais das 20 linhas, o público conta com os trajetos do madrugadão, que fornece seus linhas em 65 regiões de toda cidade.

Todas as viagens adicionais poderão ser visualizadas a partir do aplicativo Cittamobi, que rastreia as linhas em tempo real, permitindo maior liberdade para os usuários. As linhas seguirão os desvios do evento, os passageiros devem embarcar nos pontos da Avenida Walter Ananias, em frente ao Condomínio Rosas dos Ventos ou ao lado do SESC Poço, continuando seus respectivos itinerários.

Confira as linhas:

223- Ipioca Mercado / Ponta Verde

504- São Jorge / Trapiche Via Ponta Verde

606- José Tenório / Iguatemi / St° Eduardo

700- Sanatório / Rotary / Ponta Verde

708 – Cruz Das Almas / Ponta Verde / Term. Rodoviária / Jacintinho

709- Chã Da Jaqueira / Ponta Verde / Mutirão

710- Chã Da Jaqueira / Ponta Verde / Boa Vista

711- Cidade Universitária / Ponta Verde / Iguatemi

712-Santos Dumont / Ponta Verde / Iguatemi

714 – Ponta Verde / Rio Novo

716 -Clima Bom / Ponta Verde / Iguatemi / Via Farol

723 – Rosane Collor / Ponta Verde Via Bom Parto

104 – Benedito Bentes / Trapiche / Jacintinho

607 – Eustáquio Gomes / Iguatemi

703 – Benedito Bentes / Ponta Verde

704 – Benedito Bentes / Ponta Verde / Farol

706 – Eustáquio Gomes / Ponta Verde

707 – Graciliano Ramos / Ponta Verde

727 – Eustáquio Gomes / Ponta Verde Via Village

DMTT

Avenida Durval de Góes Monteiro, 829 – Tabuleiro do Martins
CEP 57061-000 // Telefone: (82) 3312-5330.
Horário de atendimento: segunda a sexta, de 8h às 14h.

Fonte: Prefeitura de Maceió

Criação de Circuito Estadual de Turismo de Saúde é aposta para o desenvolvimento socioeconômico regional

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Criar o Circuito Estadual de Turismo de Saúde, promovendo o Estado de Goiás como destino para tratamentos médicos e terapias naturais, é o objetivo de Virmondes Cruvinel (UB) com o projeto de lei ordinária nº 20256/24, em trâmite no Poder Legislativo goiano desde 18 de setembro.

A criação do circuito, pontua Virmondes, serviria para “fomentar o turismo especializado e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico regional”.

Goiás, argumenta o deputado, é “um destino nacional e internacional de referência no turismo de saúde, aproveitando suas características naturais, sua infraestrutura em expansão no setor de saúde e bem-estar, e o potencial econômico de sua diversificada rede de tratamentos médicos e terapias naturais”. Essa condição favorável se soma ao “crescimento exponencial” do turismo no mundo, tratando-se de um setor que movimentou US$ 720 bilhões em 2019.

Dispõe-se, na propositura, que “o Circuito Estadual de Turismo de Saúde englobará ações integradas nas áreas de saúde, turismo, infraestrutura e inovação, em cooperação com as esferas municipal, estadual e federal, bem como com a iniciativa privada e organizações do terceiro setor”. A coordenação ficaria a cargo da Secretaria de Estado de Turismo, em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde, com apoio de outros órgãos e entidades públicas e privadas.

É proposta a criação do Conselho Estadual de Turismo de Saúde (“composto por representantes das secretarias envolvidas, do trade turístico, das associações de saúde e das universidades, com o objetivo de monitorar e orientar as ações do circuito”); e de Câmaras Técnicas Regionais (“em cada uma das regiões de saúde do Estado, para articular as especificidades locais, promover a integração de serviços e monitorar a implementação das políticas definidas”).

São elencadas ações e prioridades, e é definido que o Circuito Estadual de Turismo de Saúde será composto por polos regionais especializados em diferentes áreas da saúde, de acordo com as vocações locais, “incluindo, mas não se limitando a: tratamentos médicos de alta complexidade, como oncologia, cardiologia, neurologia e ortopedia; terapias naturais e alternativas, como hidroterapia, fitoterapia, acupuntura, reabilitação fisioterápica e práticas integrativas complementares; clínicas de estética e bem-estar, spas terapêuticos, programas de emagrecimento e tratamentos dermatológicos; e centros de medicina preventiva e de reabilitação”.

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

Lula assina acordo e encerra disputa de 40 anos em Alcântara

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O governo federal assinou, nesta quinta-feira (19), um termo de conciliação com as comunidades quilombolas do município de Alcântara, no Maranhão, encerrando uma disputa de 40 anos pela área no entorno do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), da Força Aérea Brasileira (FAB). Em cerimônia na cidade maranhense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também assinou o Decreto de Interesse Social do território quilombola, passo fundamental para a titulação da área.

“A história do povo de Alcântara vai mudar”, disse Lula, destacando a importância dos atos para o acesso da população a benefícios sociais e serviços públicos básicos, como saúde, educação e acesso à água.

“Por que, para fazer uma base de lançamento de foguete, foi preciso desapropriar tanta coisa? Por que os pescadores incomodavam? Por que deixar as pessoas que vivem de pesca sem acesso ao mar? Por que proibir que vocês tivessem acesso aos benefícios que o próprio governo pode oferecer? Por que vocês estavam quase que como marginalizados?”, questionou o presidente.

“Agora, vocês podem olhar na frente do espelho, com toda a família, e dizer ‘nós voltamos a ser cidadãos e cidadãs de primeira classe desse país, nós temos direitos e vamos exigi-los’”, enfatizou Lula.

O presidente afirmou que o Estado tem obrigações e que o governo federal quer trabalhar junto com a prefeitura de Alcântara, com o governo do estado e com as casas legislativas das três esferas para, “com muita urgência, recuperar o tempo perdido”.

Alcântara (MA), 19/09/2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de assinatura do Termo de Conciliação, Compromissos e Reconhecimentos Recíprocos, relativo ao Acordo de Alcântara, na Praça da Matriz. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Alcântara (MA), 19/09/2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de assinatura do Termo de Conciliação, Compromissos e Reconhecimentos Recíprocos, relativo ao Acordo de Alcântara, na Praça da Matriz. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente Lula durante a cerimônia de assinatura do Termo de Conciliação, Compromissos e Reconhecimentos Recíprocos, relativo ao Acordo de Alcântara – Ricardo Stuckert/PR

 

O termo assinado concilia os interesses e direitos territoriais das comunidades quilombolas com os interesses e necessidades da União em promover e desenvolver o Programa Espacial Brasileiro e consolidar o CLA. No acordo, o governo federal se comprometeu a criar a Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil (Alada), para receber investimentos nesse setor estratégico.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, que comandou o processo de conciliação, lembrou que, a partir do reconhecimento da área, as comunidades poderão fazer o uso produtivo das terras, ter acesso a benefícios, como crédito rural, e a programas como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Mais cedo, em visita à comunidade quilombola de Mamuna, Lula se comprometeu a atender às demandas locais.

“Ser advogado é fazer justiça e é isso que estamos fazendo aqui hoje. Como um povo desse tem tanta terra, tanto mar e não pode pescar e produzir porque não tem a terra?”, questionou Messias.

“O acordo coloca só as bases da casa, a gente precisa construir as paredes, o telhado, que é trazer posto de saúde, escola, MCMV pra esse povo. Só que nos só poderíamos trazer tudo isso depois do decreto”, disse o advogado-geral da União.

Messias agradeceu a parceria do Ministério da Defesa e do comando da FAB na construção do acordo. Segundo ele, é desejo do comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, que os quilombolas tenham oportunidades de trabalho na nova empresa, a Alada.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou ainda que, a partir de agora, os quilombolas de Alcântara têm direito a acessar recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e participar dos programas de aquisição de alimentos do governo federal e de alimentos nas escolas.

“Aqui é uma entrega para Alcântara, mas também é uma entrega para os quilombos do Brasil”, disse.

Durante o evento, Lula também entregou 21 títulos de Domínio a comunidades quilombolas de todo Brasil e assinou 11 decretos de Interesse Social. “As entregas representam a garantia de direitos a 4,5 mil famílias, com a destinação de mais de 120 mil hectares para 19 comunidades de nove estados”, informou a Presidência.

Alcântara (MA), 19/09/2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à comunidade quilombola de Mamuna. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Alcântara (MA), 19/09/2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à comunidade quilombola de Mamuna. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente Lula visita a comunidade quilombola de Mamuna – Ricardo Stuckert/PR

 

Resistência

Alcântara é o município com a maior proporção de população quilombola do país, com 84,6% dos moradores autodeclarados. O Território Quilombola de Alcântara tem 152 comunidades, com cerca de 3.350 famílias, e foi ocupado por populações negras escravizadas a partir do século 18.

A dirigente da Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas Maria Socorro Nascimento lembrou a resistência quilombola ao longo dos anos e a relação dos povos quilombolas com a terra.

“É muita honra a gente poder receber esse título para que a gente possa viver. A terra para nós quilombolas é um bem imensurável. O que temos dela é a posse e precisamos que o nosso direito seja respeitado”, afirmou a dirigente quilombola.

“Trouxeram nossos antepassados escravizados e quando falo daqui, de Alcântara, como berço é porque foram nossos antepassados que colocaram as pedras nessas ruas”, continuou Maria, que pediu que o público presente repetisse as palavras de ordem: “Resistência quilombola: nenhum quilombo a menos!”.

O presidente do Sindicato Trabalhadores Rurais de Alcântara, Aniceto Araújo Pereira, disse que o momento sela 40 anos de luta pelo direito à terra. “Não basta só assinar o decreto e ele ficar escondido na prateleira. Precisa assinar o decreto, mas precisa a concretização da titulação”, pontuou.

Durante sua fala, Pereira citou algumas comunidades quilombolas de Alcântara, como Canelatiua, Areia, Manuma, Brito, Tapera, Retiro e Ponta de Areia, situadas no litoral, e que sofriam com a dificuldade de acesso em razão da disputa pela terra coma base espacial de Alcântara.

“As comunidades de Alcântara são comunidades simples, trabalhadoras, e precisamos que a gente desenvolva a questão da pesca”, disse o quilombola, cobrando melhorias na educação, na saúde, a construção de estradas para interligar as comunidades e também ligá-las à área urbana do município. “Precisamos de qualidade e da qualificação profissional e, para isso, precisa melhorar a educação da pré-escola até a capacitação profissional”, cobrou.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que a cerimônia para firmar o acordo com as comunidades quilombolas foi resultante de um trabalho iniciado desde o início do governo Lula. Para ela, mais do que o caminho para a titulação da terra, a conciliação representa “trazer sonhos, trazer dignidade de vida” para a população quilombola.

“Eu estou muito feliz e emocionada, o que eu tenho de idade é o que esse conflito tem também de tempo. São 40 anos que a gente batalha e luta para ter dignidade e manter a resistência, a ressignificação desse lugar. Mas todas as organizações, todos os envolvidos e envolvidas nesses espaços aqui sabem que nós temos um compromisso de projeto político de país, que dá momentos como esse”, disse Anielle.

Conflito histórico

O Termo de Conciliação, Compromissos e Reconhecimentos Recíprocos, relativo ao Acordo de Alcântara, põe fim a um conflito histórico. O CLA foi construído na década de 1980 pela FAB como base para lançamento de foguetes. O local foi escolhido por ser considerado vantajoso para operações dessa natureza, pela proximidade à Linha do Equador, mas, para viabilizar a obra, 312 famílias quilombolas, de 32 povoados, foram retiradas do local e reassentadas em agrovilas em regiões próximas. Ainda assim, a titulação das terras nunca foi efetivada, e as comunidades sofreram com a insegurança jurídica e a constante ameaça de expulsão para a ampliação da base.

O processo de regularização de terras quilombolas é composto por quatro grandes fases: a publicação do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), a Portaria de Reconhecimento, o Decreto de Interesse Social e o Título de Domínio.

Alcântara (MA), 19/09/2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à comunidade quilombola de Mamuna. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Alcântara (MA), 19/09/2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à comunidade quilombola de Mamuna. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente Lula durante visita à comunidade quilombola de Mamuna – Ricardo Stuckert/PR

 

Em 2004, a Fundação Palmares certificou o território como quilombola. Em 2008, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) publicou o RTID identificando como território tradicionalmente ocupado a área de 78.105 hectares.

Ainda assim, a FAB planejava ampliar o território da base de 8,7 mil hectares para 21,3 mil hectares, avançando sobre comunidades do litoral maranhense. Após a publicação do relatório, o Ministério da Defesa manifestou a existência de interesses do Programa Espacial Brasileiro.

No ano passado, o governo brasileiro chegou a reconhecer a violação de direitos de propriedade e de proteção jurídica de comunidades quilombolas, durante a construção da base, e pediu desculpas oficiais, em meio a um processo na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que determinou a titulação da área para as famílias remanescentes de populações negras escravizadas.

Acordo

Ainda em 2023, foi instituído um grupo de trabalho (GT) interministerial para buscar solução sobre o impasse, coordenado pela Advocacia-Geral da União. O acordo celebrado hoje, então, permite a titulação integral do território quilombola de Alcântara, com a área reconhecida no RTID, e consolidação da área atual do Centro de Lançamento de Alcântara.

O Ministério da Defesa, A FAB e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação se comprometem a não apresentar novos questionamentos quanto a esse tema e a respeitar a afetação da área quilombola feita pela União. As comunidades, por sua vez, representadas por suas entidades, ficam de acordo com a existência e o funcionamento do CLA na área onde está instalado.

Em até 12 meses, o Incra iniciará a titulação do território identificado e declarado, outorgando o título de domínio das áreas que já se encontram registradas em nome da União e, dentro dessas, priorizando as áreas limítrofes e situadas ao norte da área da base de lançamentos.

O ministro Jorge Messias destacou a presença no evento de juízes e defensores que deverão, a partir de agora, atuar na conciliação nos diversos processos em andamento sobre a área. “Com o decreto, vamos começar o processo de regularização fundiária e precisamos dessa parceria para que esses títulos sejam efetivados”, disse.

Foi assinado acordo para acelerar a tramitação dessas ações judiciais de desapropriação de territórios quilombolas em Alcântara.

Fonte: Agência Brasil

Solidariedade: Paraná tem o 3º maior cadastro de doadores de medula óssea do País

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O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), uma das unidades da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), é responsável pelo terceiro maior cadastro de doadores de medula do Brasil e o primeiro da Região Sul, ficando atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. Os 575.498 voluntários cadastrados garantem ao Paraná uma posição de destaque para este tipo de doação, que pode ser feita em vida.

Dentro do Setembro Verde, período de conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, é celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. Tradicionalmente no terceiro sábado do mês (neste ano dia 21), a data foi criada em 2015 pela World Marrow Donor Association (WMDA), associação mundial que reúne os registros de doadores de medula óssea, totalizando mais de 41 milhões de doadores em todo o mundo.

Em alusão à data, o Hemepar homenageia todos os doadores de medula óssea pelo ato de amor ao próximo. “Pretendemos sensibilizar e esclarecer a população quanto à importância e critérios da doação, pois este ato possui recomendações diferentes da doação de sangue”, disse a diretora da unidade, Vivian Patricia Raksa. 

Os voluntários cadastrados se tornam possíveis doadores de medula óssea, que poderão ajudar outras pessoas no tratamento de até 80 doenças, como leucemia, anemia e câncer, em diferentes estágios e faixas etárias. Mas para essa ajuda existe um fator determinante: a compatibilidade.

A probabilidade de encontrar alguém compatível pode chegar de 1 a cada 100 mil até 1 a cada 1 milhão de habitantes. Em função das características genéticas a chance de haver compatibilidade é de 30% entre irmãos, e é muito menor quando não existe nenhum grau de parentesco.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, César Neves, este gesto de solidariedade não deve parar pois leva esperança a muitas pessoas. “O Paraná é solidário. Graças aos cidadãos que se dirigem às unidades da Rede Hemepar, distribuídas por todo o Estado, podemos fazer a diferença na vida das pessoas que precisam do transplante”, afirma o secretário.

SER DOADOR  Para ser um doador de medula óssea é necessário se cadastrar. Basta ter entre 18 e 35 anos e não possuir histórico pessoal de doenças oncológicas, apresentar um documento de identidade e telefones para contato. O voluntário preencherá uma ficha com dados pessoais e terá coletada uma amostra de sangue (5 ml).

Pessoas já cadastradas devem ficar atentas para o caso de serem convocadas. Se houver mudança de endereço ou de contato, é importante atualizar os dados em qualquer unidade do Hemepar ou no aplicativo do Redome.

A medula é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos. Nela, são produzidos os componentes do sangue (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). O processo para a coleta é criterioso e envolve várias etapas para garantir a segurança e saúde do doador e do paciente.    

Os procedimentos duram cerca de 4 a 5 horas. São indolores, podendo ser realizados de duas formas definidas pelo médico assistente: em centro cirúrgico ou semelhante a uma doação de sangue, por um processo denominado aférese.

Segundo o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), o Brasil registrou 4.943.535 milhões de doadores cadastrados.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

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“Eu fiquei muito apavorada. Você querer respirar e não conseguir é muito ruim. Isso terminou me prejudicando porque precisei faltar ao trabalho”, contou a brasilense Edlweisse Ilgenfritz, de 52 anos. Asmática, a trabalhadora autônoma acordou na madrugada da terça-feira (17) com o apartamento cheio de fumaça.

A concentração de partículas finas no ar da capital do país cresceu cerca de 350 vezes durante o incêndio de grandes proporções que consumiu 1,4 mil hectares do Parque Nacional de Brasília nesta semana. 

Antes do incêndio, na manhã do domingo (15), o ar da capital registrava concentração de 4 microgramas por metro cúbico (µg/m3) de Moléculas de Partículas (MP) de tamanho 2,5, considerada uma molécula mais fina. Na madrugada da terça-feira (17), o ar de Brasília registrou 1,3 mil µg/m3 da MP 2,5. Somente nesta quinta-feira (18) a poluição voltou a cair de forma sustentada.

Brasília (DF), 19/09/2024 - Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio. JP Amaral, gerente de natureza no Instituto Alana e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Foto: Arquivo Pessoal
Brasília (DF), 19/09/2024 - Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio. JP Amaral, gerente de natureza no Instituto Alana e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Foto: Arquivo Pessoal

Brasília (DF), 19/09/2024 – JP Amaral, gerente de natureza no Instituto Alana e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Foto: Arquivo pessoal

“É realmente muito alto. Foi o nível que Manaus chegou no ano passado em um pico de queimadas que teve por lá. É o indicativo que a poluição estava muito crítica e precisava ser melhor controlada, mas principalmente deveria ter uma orientação para a população”, comentou JP Amaral, gerente de natureza no Instituto Alana e membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Como o poder público não tem dados de acompanhamento em tempo real da qualidade do ar na área central da capital do país, as informações foram retiradas da plataforma PurpleAir, que tem um equipamento instalado no final da Asa Norte, próximo ao incêndio que deixou a cidade imersa na fumaça.  

Para se ter uma ideia, o Conama prevê como padrão de qualidade do ar, no máximo, 60 µg/m3 para partículas finas com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros em uma média de 24 horas. As MP tamanho 2,5 são menores e têm maior facilidade para entrar no aparelho respiratório e na corrente sanguínea, causando problemas de saúde, principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.

Mesmo o padrão de 60 µg/m3 é considerado alto quando comparado com outros países. Por isso, o Conama aprovou resolução em julho de 2024 prevendo a redução desse padrão para 50 µg/m3, em 2025, até chegar em 25 µg/m3, na média de 24 horas, em 2044. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda como limite para concentração de partículas no ar, uma média diária de 15 µg/m3 para partículas 2,5.

Brasília (DF), 19/09/2024 - Arte para a matéria Poluição do ar em Brasília. Arte/Agência Brasil
Brasília (DF), 19/09/2024 - Arte para a matéria Poluição do ar em Brasília. Arte/Agência Brasil

Poluição do ar em Brasília, por Arte/Agência Brasil

Monitoramento do ar  

A estação de monitoramento da qualidade do ar do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que fica no centro da capital, na Rodoviária do Plano Piloto, tem mais de 20 anos e só emite resultados a cada seis dias. De acordo com o Ibram, entidade ligado ao governo do Distrito Federal (GDF), os dados coletados dos dias 17 e 18 de setembro só devem ser divulgados na próxima segunda-feira (23).

Existe receio de órgãos ambientais de usar dados de equipamentos privados, como do PurpleAir, por não ser considerado uma estação “robusta”. O presidente do Ibram, Rôney Nemer, diz que não é possível saber se as medições são confiáveis, que seria preciso analisar o equipamento.

Por outro lado, a diretora do Instituto Ar, a médica Evangelina Araújo, avalia que os equipamentos privados são confiáveis e trazem um dado aproximado da realidade.

Brasília (DF), 19/09/2024 - Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio. Diretora do Instituto Ar, a médica Evangelina Araújo. Foto: Arquivo Pessoal
Brasília (DF), 19/09/2024 - Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio. Diretora do Instituto Ar, a médica Evangelina Araújo. Foto: Arquivo Pessoal

Brasília (DF), 19/09/2024 – Diretora do Instituto Ar, a médica Evangelina Araújo. Foto: Arquivo pessoal

“Os órgãos ambientais criticam porque o equipamento é de baixo custo, mas é confiável. Pode às vezes não ser exatamente igual a um equipamento robusto de um órgão ambiental público, mas é muito confiável. É muito próximo da realidade e, não havendo dados de monitoramento, é com isso que se trabalha”, afirmou.

As metrópoles de Brasília (DF), Goiânia (GO) e Manaus (AM) estão entre as localidades com maior defasagem de monitoramento da qualidade do ar no país, segundo pesquisa do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).

“Quatorze estados da federação não monitoram a qualidade do ar. Sem monitoramento, não se sabe a concentração de poluentes que as pessoas respiram. E se não há o monitoramento, o órgão ambiental não comunica à população qual é a situação e também não identifica episódios críticos”, acrescentou a especialista Evangelina.  

Segundo o Ibram, o governo do Distrito Federal autorizou a compra de equipamentos para monitoramento da qualidade do ar em Brasília, mas ainda não há data para a compra dessas novas estações.

Sem plano

O Instituto Alana fez um levantamento mostrando que das 27 unidades da federação, 26 não têm qualquer plano para enfrentamento de episódios críticos em relação à qualidade do ar.

“Quando há um episódio crítico, temos que alertar a população, avisar aos noticiários, talvez fechar as escolas. Mas o ponto é que a gente não tem plano de ação do que fazer e como orientar a população. Só São Paulo tem um plano de ação e esse plano de ação é de 1978. Então ele é muito antigo”, destacou JP Amaral, do Instituto Alana.

Para Evangelina Araújo, do Instituto Ar, é preciso um plano de ações para atuação nos episódios críticos de poluição do ar. “Além de alertar a população, o órgão ambiental tem que adotar medidas para reduzir outras fontes de emissões. As partículas não vêm só da queimada, vêm do trânsito, da queima do combustível fóssil, vêm da indústria”, alertou.

Saúde

A iniciativa Médicos Pelo Ar Limpo elaborou uma nota técnica com orientações sobre como se proteger dos efeitos da fumaça. A dica é permanecer em ambientes internos, mantendo portas e janelas fechadas. Se possível, usar purificador de ar ou ventiladores, além de pendurar toalhas molhadas dentro de casa para umidificar o ambiente.

É preciso ainda evitar exercícios físicos moderados ou intensos ao ar livre em qualquer horário. Para proteção contra partículas finas, podem ser usadas máscaras tipo N95 ou PFF2. Máscaras cirúrgicas ou panos não protegem contra partículas finas, apenas contra as maiores, como fuligem.

Fonte: Agência Brasil

253 estudantes-atletas do estado do Ceará irão participar dos JEBs, em Recife

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Ascom Sesporte – Textoefotos

A Delegação Cearense inicia nesta quinta-feira (19), o embarque dos 253 estudantes-atletas que irão participar dos Jogos Escolares Brasileiros (JEB’s), em Recife (PE). A competição esportiva reunirá mais de 6 mil atletas de todo o Brasil com idades entre 12 a 14 anos e ocorrerá de 20 de setembro a 03 de outubro.

“Enviamos nossa delegação para participar de uma experiência única que é o intercambio esportivo. A competição escolar será um marco na trajetória dos estudantes que escolheram o esporte na descoberta de novos talentos”, ressaltou o secretário do Esporte do Ceará, Rogério Pinheiro.

Os atletas viajam de ônibus em quatro blocos: 1º composto por dirigentes e as modalidades de atletismo, atletismo adaptado, ginástica rítmica, judô, werestling, tênis de mesa, handebol, voleibol; 2º bloco (23 de setembro) atletas de Taekwondo e Karatê; 3º (26 de setembro) modalidade de xadrez, bandminton, basquete, futsal e vôlei de praia e o 4º bloco (29 de setembro) embarca com as modalidades de ginástica artística e natação.

A competição tem por finalidade fomentar a participação dos estudantes-atletas brasileiros da educação básica de ensino em atividades desportivas, promovendo a integração social, o exercício da cidadania e a descoberta de novos talentos esportivos.

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Fonte: Governo do Estado do Ceará

Saiba quais são os canais para denunciar incêndios florestais no DF

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Com o aumento dos incêndios florestais na capital – só na quarta-feira (18) foram 120 ocorrências atendidas e 2.493.327 metros quadrados de área queimada –, o Governo do Distrito Federal (GDF) convoca a população a denunciar os focos que, em sua maioria, acontecem em razão da ação humana e que se alastram devido às condições climáticas do período.

Relatar às autoridades os casos de incêndio auxilia tanto no combate ao fogo protegendo o meio ambiente e a sociedade, quanto ajuda na investigação e elucidação dos fatos e da autoria do crime ambiental.

O GDF convoca a população a denunciar os focos de incêndios florestais | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“O sucesso no combate aos incêndios florestais depende não apenas da atuação rápida e eficaz de nossas equipes, mas também da colaboração da população. O CBMDF está à disposição 24 horas por dia para proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio do Distrito Federal”, afirma o comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, coronel Sandro Gomes.

Como denunciar

Por isso, ao avistar um incêndio florestal, os cidadãos devem entrar em contato imediatamente com o número 193, o canal de emergência do CBMDF. Durante a ligação, será necessário passar informações como a localização exata do fato e as proporções das chamas e, se possível, relatos sobre as condições de acesso ao local e sobre a presença de suspeitos de autoria do crime. De acordo com o art. 41 da Lei 9.605/98, provocar incêndio em mata ou floresta é tipificado como crime ambiental.

Caso o solicitante tenha informações sobre a autoria do incêndio, serão pedidos detalhes como características físicas dos suspeitos, trajes, veículos usados, e qualquer outro relato pertinente que possa auxiliar as autoridades na identificação

Caso o solicitante tenha informações sobre a autoria do incêndio, serão pedidos detalhes como características físicas dos suspeitos, trajes, veículos usados, e qualquer outro relato pertinente que possa auxiliar as autoridades na identificação. Essas informações são imediatamente repassadas às forças policiais para que sejam tomadas as providências cabíveis.

A própria população também pode fazer a denúncia sobre a autoria diretamente pelos canais 190, da Polícia Militar (PMDF), e 197, da Polícia Civil (PCDF). No caso da PMDF, recomenda-se que a ligação seja feita quando há possibilidade de intervenção imediata. Já nos casos em que o crime já foi cometido, a orientação é o contato com PCDF para que seja feita a investigação. Além do 197, o relato pode ser feito pelo e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br, pelo WhatsApp (61) 98626-1197 ou pelo site www.pcdf.df.gov.br/servicos/197. As denúncias podem ser anônimas.

“Quando as pessoas presenciam uma queimada, a prioridade é inibir o avanço do incêndio. Então, nesse ponto, é mais rápido e eficiente entrar em contato com o órgão competente para debelar as chamas, que é o Corpo de Bombeiros, pelo 193. Mas, como o incêndio florestal está previsto em lei como um crime, é conveniente também avisar às autoridades, o que pode ser feito no 190, no caso da PMDF, quando há possibilidade de uma eventual prisão em flagrante”, explica o chefe do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), tenente-coronel Zairo Silva. “Mas é bom lembrar que trabalhamos de forma integrada e que as centrais se comunicam”, complementa.

Unidades de conservação

No caso de queimadas dentro das unidades de conservação do Distrito Federal, a orientação é acionar o Instituto Brasília Ambiental, que é responsável pela administração dos espaços. “A nossa brigada está equipada com automóveis e telefones para agir de imediato aos acionamentos. Criamos um canal de comunicação para acelerar o atendimento dentro das nossas unidades de conservação”, revela o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer.

Desde julho, o órgão conta com um número exclusivo de denúncias de focos de incêndio, que é atendido pela central da Diretoria de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (DPCIF) pelo (61) 9224-7202. O telefone também é WhatsApp. Por ele, a população pode enviar mensagens e a localização do fogo.

Denuncie

Combate a incêndios florestais:

→ 193 (Corpo de Bombeiros)
→ (61) 9224-7202 (Instituto Brasília Ambiental)

Denúncia sobre autores de incêndios florestais

→ 190 (Polícia Militar)
→ 197 (Polícia Civil).

Fonte: Agência Brasília

Evento no HBDF discute tratamento para casos de suspeita de infarto agudo do miocárdio

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O auditório do Hospital de Base do Distrito Federal recebeu nesta quarta-feira (18) a primeira edição do Fórum Sprint, evento organizado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) em parceria com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF). O projeto, implementado em 2018, visa proporcionar um tratamento qualificado e ágil para casos de suspeita de infarto agudo do miocárdio (IAM), e tem o objetivo de salvar vidas por meio da intervenção precoce.

Foto: Divulgação/IgesDF

Estiveram presentes representantes das UPAs, gestores de hospitais regionais e do centro de hemodinâmica, além de profissionais da cardiologia do DF. Juliana Queiroz, da Coordenação de Atenção de Emergência (Cate), esteve no evento representando a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.

“Se o paciente tiver um infarto muito distante do hospital, que a distância seja mais do que uma hora, na própria ambulância do Samu já são iniciados os procedimentos para que o paciente tenha o atendimento continuado quando chegar no hospital”

Edna Marques, coordenadora do Projeto Sprint

A cardiologista do Hospital de Base e coordenadora do Projeto Sprint, Edna Marques, realizou a abertura do Fórum e apresentou dados do projeto. Em 2022, o Distrito Federal apresentou uma taxa de mortalidade para IAM de 4,74%, bem abaixo da média nacional, que era de 9%. Em 2023, esse índice teve uma queda ainda mais significativa, atingindo notáveis 3,67%, conforme dados do Datasus.

De acordo com Edna, a descentralização do tratamento do infarto, com todos os hospitais tratando o paciente precocemente no primeiro diagnóstico, consequência da implantação do Projeto Sprint, é o que fez o DF alcançar números tão expressivos. “O tratamento descentralizado, em todas as UPAs, em todos os hospitais regionais, tem realmente feito a diferença”, conclui.

Ainda segundo Edna, a educação continuada de todos os médicos da rede de saúde pública do DF tem ajudado a manter esses índices. O uso da tecnologia também tem sido fundamental para o sucesso do projeto. “Nós usamos um aplicativo chamado Join, que é como se fosse um WhatsApp médico, onde é possível, em tempo real, 24 horas por dia, o médico que está na UPA conversar com o cardiologista daqui do Hospital de Base e fecharem juntos o diagnóstico de IAM”, explica.

Quando o paciente recebe o diagnóstico de IAM, os médicos na ponta conversam com os hospitais que têm cardiologista e com os centros de hemodinâmica. “Se o paciente precisar, ele vem direto para o Centro Hemodinâmico fazer o cateterismo”, conta Edna. Essa agilidade no atendimento, com a ajuda do Samu para a remoção dos pacientes, têm ajudado a diminuir a taxa de mortalidade. “Se o paciente tiver um infarto muito distante do hospital, que a distância seja mais do que uma hora, na própria ambulância do Samu já são iniciados os procedimentos para que o paciente tenha o atendimento continuado quando chegar no hospital”, lembra Edna.

O superintendente das Unidades de Pronto Atendimento, Francivaldo Soares, elogiou o Projeto Sprint e a oportunidade da discussão do assunto no Fórum. “A UPA hoje constitui a principal porta de acolhimento de pacientes com IAM. E vem desempenhando um papel fundamental no prognóstico e no desfecho desse paciente cardiológico, porque realizamos trombolíticos [medicamentos] já na unidade, em tempo recorde. O Sprint é um projeto que tem agregado muito valor para a população e tem sido fundamental para entregarmos um atendimento de saúde de maior qualidade”, conclui.

*Com informações do IgesDF

 

Fonte: Agência Brasília