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Rejeição à vacina cresce em quatro meses; 37% não sabem se tomariam


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Rejeição à vacina é impulsionada por declarações de Jair Bolsonaro (sem partido)
O Antagonista

Rejeição à vacina é impulsionada por declarações de Jair Bolsonaro (sem partido)

Uma pesquisa que ouviu 2.500 brasileiros de 488 municípios mostrou que a taxa dos brasileiros que confirmam que tomariam vacina contra Covid-19 diminuiu nos últimos quatro meses: 62 % afirmaram que tomariam, enquanto 37% não se mostram convictos (22% afirma que com certeza não tomariam, e 15% não sabem).

O levantamento foi realizado pelo PoderData em parceria com o Grupo Bandeirantes. Os dados foram coletados entre 26 e 28 de outubro, após as discussões entre o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Alta rejeição entre Bolsonaristas

A opinião de Jair Bolsonaro acerca da vacinação parece ter influenciado o aumento da rejeição.  Entre seus eleitores, 33% afirmam que “não tomariam de jeito nenhum”, enquanto 17% apontam estarem em dúvida.

Não existe ainda um imunizante pronto para ser aplicado. A Coronavac, rejeitada pelo chefe do executivo, está na terceira e última fase de testes – o teste de eficácia. O diretor do Instituto Butantan, que produzirá o imunizante em parceria com o laboratório Sinovac, diz que a substância é comprovadamente segura.

Recorte demográfico

Observam-se as maiores proporções de pessoas que “com certeza tomariam” a a vacina nos seguintes grupos:

  • moradores da região Sul (78%);
  • os que recebem de 2 a 5 salários mínimos (72%);
  • os que recebem mais de 10 salários mínimos (94%).

Já entre os que não tomariam, as maiores proporções são:

  • moradores da região Centro-Oeste (36%);
  • desempregados ou sem renda fixa (28%);
  • os que recebem até 2 salários mínimos (29%).

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