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Conheça as vacinas do Instituto Butantan que curaram epidemias


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Pesquisadores da Fiocruz buscam vacina para combater o novo coronavírus (Sars-Cov-2)
Reprodução/Facebook

Enfermeiro analisando teste em laboratório

O Instituto Butantan está desenvolvendo, em  parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech, uma vacina contra a Covid-19 que já está em fase final de testes e poderá ser distribuída gratuitamente para a população até junho de 2021. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (11) pelo governo do estado de São Paulo em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

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Na etapa atual, serão selecionados 9 mil brasileiros voluntários para receber a vacina antes que ela possa chegar aos postos de saúde, sendo que a  prioridade deverá ser para os profissionais da medicina.

O ensaio clínico vai verificar eficácia, segurança e o potencial do medicamento para produção de respostas imunes, sendo que as análises vão ser feitas em centros de pesquisa para condução dos estudos em todo o Brasil.

Com esse anúncio, a CoronaVac (nome que a vacina de combate novo coronavírus recebeu) se soma às várias imunizações que o Instituto Butantan já contribuiu para desenvolver. Veja abaixo quais as vacinas a instituição ajudou a criar para combater epidemias.

Influenza sazonal trivalente

A vacina Influenza protege contra os três tipos de vírus Influenza mais prevalecentes e sua composição é alterada anualmente, devido à alta taxa de mutação do vírus.

Ela é produzida a partir da inoculação do vírus em ovos de galinhas. Após um período de incubação, o líquido que envolve o embrião é colhido, centrifugado, concentrado, fragmentado e inativado, originando uma suspensão da vacina monovalente. A mistura das suspensões de cada monovalente resulta na vacina trivalente.

Hepatite A

A vacina adsorvida hepatite A (inativada) é indicada para vacinação contra a infecção causada pelo vírus da hepatite A.

Ela é produzida a partir de um vírus hepatite A, propagado em uma cultura de células humanas. Depois dessa etapa ela é purificada e inativada, o que significa dizer que o vírus entra no corpo quando já está morto ou apenas uma parte dele é injetada.

Hepatite B

A vacina adsorvida hepatite B (recombinente) é utilizada para prevenção da infecção provocada pelo vírus da hepatite B.

Ela é produzida a partir de leveduras recombinantes que criam uma molécula capaz de provocar a produção de um anticorpo específico para o vírus da Hepatite B. A vacina do Butantan é a única vacina recombinante para uso humano totalmente desenvolvida e produzida no Brasil.

HPV

A vacina para papiloma vírus humano (HPV) tipo 6, 11, 16 e 18 é indicada para a vacinação contra a infecção causada pelo vírus responsável pela ocorrência de câncer genital tanto em mulheres como em homens.

As proteínas virais do HPV tipos 6, 11, 16 e 18 são produzidas separadamente em leveduras para serem formuladas em uma única dose quadrivalente.

Raiva

A vacina da raiva é indicada quando há necessidade de proteger indivíduos expostos ao vírus da doença em decorrência do contato com a saliva de animais transmissores ou como tratamento preventivo em pessoas com exposição ocupacional ao risco da infeção.

A vacina do Butantan é produzida sem a utilização de componentes de origem animal, um alto grau de pureza e resposta imunológica eficiente.

Tríplice bacteriana

Para a produção da vacina tríplice bacteriana (DTP), são fabricadas separadamente a vacina de células inteiras do agente causador da coqueluche, combinada com os toxóides tetânico e diftérico, que causam o tétano e a difteria.

DTPa

Uma variação da tríplice bacteriana, a DTPa é indicada para crianças menores de sete anos que apresentaram eventos adversos que contraindicam outra dose da vacina DTP de células inteiras.

A aplicação também é recomendada para gestantes como reforço ou complementação do esquema da vacina dupla adulta para difteria e tétano, com o objetivo de diminuir a mortalidade de coqueluche em recém-nascidos.

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