![fogo](https://statig1.akamaized.net/bancodeimagens/c0/ow/9q/c0ow9q094dvuiwpkifn8dml89.jpg)
Este ano foi o que teve maior registro de queimadas da última década da Amazônia e da história do Pantanal. Porém, os brigadistas do Ibama responsáveis por conter o fogo chegaram com quatro meses de atraso.
Relatórios internos do Ministério do Meio Ambiente obtidos em reportagem do jornal O Globo mostram que mudanças na lei e uma série de registros burocráticos contribuíram para o atraso dos brigadistas. A demora para o envio do socorro desprotegeu territórios indígenas e também expôs localidades do Cerrado ao fogo.
O Ministério da Economia autorizou a viagem dos brigadistas só em junho, dois meses depois de o assunto chegar à pasta – 1.481 profissionais foram aprovados a ir para as áreas de queimadas. Mas o Ibama permite, por lei, a contratação de 2.520.
O órgão queria um reaproveitamento dos brigadistas que combateram as queimadas na Amazônia em 2019, porque os treinamentos previstos para a formação das novas equipes foram suspensos, devido à pandemia.
Mas, em fevereiro, o governo federal editou a medida provisória 922, que descreve as condições sobre o trabalho temporário no serviço público, impedindo a recontratação de pessoas que prestaram serviços, a menos que seja precedida de “processo seletivo simplificado de provas ou de provas e títulos”.
Depois da aprovação da Economia, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Ibama (Prevfogo) ainda precisou esperar até 10 de agosto para a publicação de uma portaria que autorizou definitivamente a contratação dos brigadistas, dando fim ao trâmite burocrático que, segundo especialistas, deveria ter se encerrado em abril.