O deputado federal e candidato a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) , foi acusado em um Boletim de Ocorrência de tentar furtar um gerador de energia de R$ 125 mil do prédio onde funcionou seu Restaurante e Bar do Alemão, em Brasília.
Após ter suas contas e bens penhorados por não cumprir com o pagamento de 18 meses de aluguéis ao empresário João Carlos Cendron, proprietário do prédio onde ficava o estabelecimento, o candidato teria aparecido no endereço com seu assessor pessoal e um caminhão para levar o gerador, segundo o Cendron no B.O, registrado no dia 5 de maio de 2017 na 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal.
Por volta das 17h do dia 4, “o deputado Celso Russomanno, junto de seu assessor, foi ao local onde está guardado o gerador (antigo Bar do Alemão) na tentativa de levá-lo”, diz o empresário no B.O. Para isso, contrataram os serviços de um caminhão (…) para carregar o gerador , que pesa mais de duas toneladas Boletim de Ocorrência Segundo o relato, os funcionários da transportadora “chegaram a tirar os parafusos do gerador [que o prendiam ao chão], mas foram impedidos de removê-lo do local pelo vigia Wellington”.
O vigia, então, teria ligado para o dono do imóvel, que compareceu ao endereço. “Neste momento, o assessor e os funcionários da transportadora ainda estavam lá e só foram demovidos da ideia porque o dono do prédio disse que estariam cometendo um crime”, continua o relato.
Para comprovar a acusação, o empresário entregou à polícia vídeos, fotos do gerador e do caminhão estacionado em frente ao prédio e uma mensagem de WhatsApp em que proprietário da transportadora informa que foi contratado por Russomanno (ao lado).
Acordo
A confusão foi parar no Ministério Público, que costurou um acordo com Russomanno ratificado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal em 27 de junho do ano passado. Nele, Russomanno e seu assessor foram absolvidos de ação judicial ao pagarem R$ 1 mil cada um “na forma de bens materiais” em favor do Lar dos Velhinhos.
Eles se comprometeram a doar gêneros alimentícios, material de limpeza, de escritório, pintura, reparos e medicamentos. Na ocasião, Russomanno negou que quisesse furtar o gerador de energia. Segundo o Termo de Audiência, “o Sr. Celso afirmou que não teve a intenção de retirar o gerador ilegalmente; que não praticou, a seu ver, qualquer conduta delituosa, tampouco seu assessor, porque não sabia que o gerador em questão estava dado em garantia da dívida”.
Russomanno alegou também que o gerador “estava do lado de fora do restaurante” e que “lá chegando, enquanto estacionavam, recebeu uma ligação” informando que o aparelho não poderia ser retirado. O parlamentar afirmou que “ao saber disto, imediatamente interrompeu as operações (…) e foram embora deixando o gerador no local”.