A revista de humor ” Charlie Hebdo ” gerou uma nova polêmica e problemas de diplomacia. A capa da edição desta quarta-feira (28) apresenta ao leitor uma charge do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan , sentado só de roupas íntimas, levando a saia de uma mulher muçulmana e dizendo “o profeta”.
O presidente reagiu atacando a publicação com palavras como ” canalhas ” e prometeu que o governo turco vai “todas as medidas legais e diplomáticas necessárias”. Além de Erdogan, as principais autoridades do país condenaram a charge. Segundo eles, trata-se de um “esforço nojento” para ” espalhar racismo e ódio cultural “.
“Nossa batalha contra essas medidas rudes, mal-intencionadas e insultuosas continuará até o fim, com razão mas com determinação”, disse o diretório de Comunicação do país. O porta-voz do presidente afirmou que as charges e caricaturas não podem ser enquadradas como liberdade de expressão .
A reação turca foi incisiva porque o país vive um momento de tensão com a França depois da decapitação do professor Samuel Paty por um terrorista , após exibir uma caricatura de Maomé publicada pelo Charlie Hebdo em sala de aula. Em 2015, a revista foi alvo de um atetado que deixou 12 mortos. Os muçulmanos consideram caricaturas do profeta Mamomé uma blasfêmia.