As autoridades da Itália descobriram que apenas 2,5% da população , ou 1.482.000 pessoas, possuem anticorpos contra a Covid-19, apesar de ser um dos países mais atingidos pelo novo coronavírus na Europa.
De acordo com os resultados de uma pesquisa nacional, divulgada na segunda-feira (02), a região norte da Lombardia, a mais afetada pela pandemia, relatou o maior número de pessoas com anticorpos, 7,5%, enquanto as duas principais ilhas italianas, Sicília e Sardenha, tiveram o menor número de 0,3% da população.
“Os diferentes resultados da pesquisa no território do país são muito relevantes. Isso significa que a medida dura e rigorosa adotada pelos governos central e regional e o comportamento correto do povo italiano evitaram uma disseminação mais maciça do vírus”, afirmou o ministro da Saúde, Roberto Speranza, em entrevista coletiva.
Segundo a pesquisa, quase um terço dos que apresentaram resultado positivo para anticorpos eram assintomáticos e a fonte de infecção mais frequente, em 41,7% dos casos, é de um parente que mora na mesma casa.
O número atual de pessoas com anticorpos é seis vezes maior do que o registrado durante a pandemia, disse Linda Laura Sabbadini, diretora do Instituto Nacional de Estatística (Istat).
Mais sobre a pesquisa
A pesquisa, realizada em colaboração com a Cruz Vermelha Italiana, entre 25 de maio e 15 de julho, testou amostras de sangue de 64.660 pessoas de 2.000 vilarejos e cidades da Itália, divididas por sexo, ocupação e faixas etárias. A pesquisa não incluiu pessoas que moravam em unidades de saúde.
Em maio, o governo havia dito que a pesquisa incluiria 150 mil pessoas, mas “a emergência de saúde tornou o procedimento de pesquisa mais complicado, porém, uma fonte incrivelmente útil de dados “, explicou Sabbadini durante entrevista coletiva.