A atriz Fernanda Montenegro será eleita, no dia 4 de novembro, a nova imortal da Academia Brasileira de Letras. A musa concorre sem oponentes à cadeira de número 17 da instituição, deixada vaga após a morte do diplomata Affonso Arinos de Mello Franco, e deve integrar a lista seleta de poucas mulheres que já passaram pela entidade.
Além de Fernanda, um boletim da ABL informou que também disputaria a cadeira Antônio Hélio da Silva, mas ele teria desistido da candidatura.
A entidade confirmou que Montenegro, que precisa obter 17 votos para ser nomeada para a cadeira de imortal, é a única candidata à posição.
Seu legado
Na literatura, Fernanda lançou em 2019 a autobiografia Prólogo, Ato, Epílogo, que reconta sua extensa e rica carreira no rádio, teatro, cinema e televisão. O livro foi escrito em parceria com Marta Góes.
Já nas produções audiovisuais, a atriz de 91 anos é um dos grandes ícones da cultura pop nacional. Ela já venceu um Emmy pelo especial Doce de Mãe e foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1999 por Central do Brasil.
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Mulheres que já passaram pela ABL
Rachel de Queiroz, escritora, foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras, em 4 de novembro de 1977. No discurso de posse, declarou: “Não entrei para a ABL por ser mulher. Entrei porque, independentemente disso, tenho uma obra”.
Ademais, ainda como minoria, outras mulheres passaram pela cadeira, como Dinah Silveira de Queiroz, eleita em 10 de julho de 1980 e Lygia Fagundes Telles, em 24 de outubro de 1985.
Nélida Piñon, Ana Maria Machado, Cleonice Berardinelli e Rosiska Darcy de Oliveira marcaram presença na ABL também.