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Desmistificando a ovulação: tudo o que você precisa saber sobre essa fase do ciclo!

Tóquio 2020: 3 momentos dos uniformes femininos nos Jogos Olímpicos
Reprodução: Alto Astral

Tóquio 2020: 3 momentos dos uniformes femininos nos Jogos Olímpicos

Evento antigo, as Olimpíadas retornaram ao Japão após quase 60 anos. E, apesar dos Jogos de Tóquio terem começado a menos de uma semana, já deram (e muito) o que falar!

Isso porque, na última quinta-feira (22), pouco antes da abertura dos Jogos, a equipe feminina de handebol de areia da Noruega foi punida em 1.500 euros pela Federação Europeia de Handebol por se recusar a usar biquínis como uniforme. Com a postura, além de chamarem a atenção para a sexualização dos corpos femininos, as jogadoras também levantaram a questão sobre como as vestimentas esportivas de homens e mulheres são encaradas pela sociedade.

Segundo as regras dos Jogos, as atletas devem competir com o “uniforme pré-estabelecido”, no caso do handebol de areia, o biquíni, e não o shorts – saída proposta pelas norueguesas para evitar exposição excessiva. Assim, diferentemente de seus colegas do sexo masculino, que quase nunca estão sob os holofotes por conta de vestimentas, as mulheres enfrentam quase diariamente regras e imposições que visam controlar seus corpos, muitas vezes buscando angariar atenção através da hipersexualização.

Em entrevista para a revista Trip, em 2020, Carol Solberg, jogadora de vôlei de praia, contou que, apesar de gostar de jogar de biquíni, a situação pode vir a ser desagradavel uma vez que ela mesma já foi vítima de fotógrafos cujo objetivo eram fotos de conotação sexual. A jogadora também levantou a questão do clima, nem sempre favorável às peças de praia.

“Muitas vezes a gente joga em lugares tipo a Noruega, e entra uma frente fria que é um gelo. E aí e rola esse assunto: “Mas vai jogar de roupa? É ruim para a televisão!”. Por que? É triste pensar que um esporte está ligado à pessoa ligar a televisão e ver um monte de mulher de biquíni, não é esse o jogo”, revelou Carol à Trip.

Logo, para além de ser ou não permitido jogar de biquíni, saia ou calça, é necessário que as pessoas mudem suas percepções sobre o esporte e que as mulheres tenham, sim, o direito de competir com roupas que sejam confortáveis para elas e de forma que não sejam objetificadas.

Desse modo, confira 3 momentos distintos dos uniformes femininos nas Olimpíadas!

Vestido comprido e gola alta

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Charlotte Cooper foi pioneira nas Olimpíadas! / Reprodução

Na época em que as mulheres participavam somente das provas de golfe, tênis, hipismo, vela e croqué – esportes considerados belos e sem a necessidade de muito esforço físico – a inglesa Charlotte Cooper consagrou-se como a primeira mulher a levar para casa uma medalha de ouro em uma Olimpíada.

Você viu?

Durante os Jogos da França, de 1900, os trajes femininos consistiam em longos vestidos de gola fechada, passando bem longe das saias curtas que, hoje, não saem das quadras!

Saias no box?

Alguns meses antes dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador) cogitou incluir a saia como uniforme oficial do boxe feminino.

Diversas pugilistas mostraram-se contrárias à ideia, alegando que a recomendação “não tem nada a ver com o esporte e só serve para reforçar estereótipos de gênero e a subjugação das mulheres. A ideia de que as pugilistas devem usar saias reduz essas atletas a objetos sexuais”, como dizia petição encabeçada pela boxeadora canadense Elizabeth Plank.

Vale mencionar ainda que somente em 2012 as mulheres foram incluídas no boxe Olímpico – 108 anos depois dos homens!

Não ao collant!

ginastas alemãs
As ginastas alemãs aderiram à roupas menos cavadas nos Jogos de Tóquio. / Reprodução – Instagram (@__kim.bui_)

Pela primeira vez na história, as atletas femininas da ginástica artística da Alemanha se apresentaram no treino de pódio, realizado na última quinta-feira (22), vestindo macacões que cobrem as pernas até a altura dos tornozelos.

Apesar do chamado full-body suit não ser proibido na ginástica, as alemãs romperam padrões ao deixarem de lado os tradicionais collants que expõe grande parte dos corpos das ginastas por serem muito cavados.

Para o UOL Esporte, a ginasta Pauline Schäfer disse: “Temos a ideia de que cada ginasta deve estar confortável com as roupas que usa, e por isso criamos essa vestimenta. É muito importante que cada mulher use aquilo que ela quiser”.

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