Foram três dias de atividade, com palestra de profissionais de diversos segmentos e com atuação na temática
Mais de 800 pessoas acompanharam o curso Atendimento Humanizado ao Público LGBTQI+, oferecido pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência e à Exploração Sexual contra a Criança e o Adolescente (Nevesca) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios de 20 a 22 de outubro. A atividade ocorreu por transmissão pelo canal Secor MPDFT no Youtube.
Em três dias de atividade, teoria e prática se uniram, de forma a fornecer ferramentas para integrantes do serviço público e da sociedade civil no acolhimento de pessoas LGBTQI+. Com isso, incentiva-se o atendimento protetivo e alinhado aos direitos humanos desta população, como destaca a coordenadora do NDH, a promotora de Justiça Mariana Távora. “O curso teve retorno muito positivo dos participantes. Isso nos deixa a certeza de que a atividade precisa ser regular”, afirmou.
Na terça-feira, 20 de outubro, debateram-se os conceitos fundamentais de gênero e sexualidade, tema que atraiu a atenção de 812 pessoas. Na quarta-feira, 21 de outubro, os marcos legais de proteção aos direitos LGBTQI+ e o enfrentamento legal da violência contra esse público foram o foco do debate, com a participação de 510 pessoas. Por fim, na quinta-feira, 22 de outubro, discutiu-se a rede de proteção e do atendimento adequado e humanizado à população LGBTQI+, com 449 participantes. A mediação coube às promotoras de Justiça Mariana Távora, Liz-Elainne Mendes e Luisa de Marillac.
A iniciativa fortalece a qualificação profissional em todos os segmentos e, especialmente, na Educação, segundo a assistente social do MPDFT e doutora em Antropologia Social pela Universidade de Brasília, Iziz Morais Lopes dos Reis. “Recebi muitos comentários positivos e várias professoras e professores da rede pública de educação me procuraram para pedir indicações de bibliografia, para trocar algumas ideias sobre formas de organizar e agir quando se depararem com o tema”, disse.
Além disso, a prestação de atendimento de qualidade e adequado ao público é uma responsabilidade histórica da sociedade como um todo, como destacou o diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF, Felipe Areda, durante a apresentação. “Quanto mais pessoas fortalecidas e empoderadas com a rede de proteção houver, melhor será a qualidade de vida e o acesso a direitos”, afirmou.
Quem quiser assistir à gravação dos três dias de curso, pode acessar a página da Secor MPDFT no Youtube.