O Governo de Minas Gerais inaugurou, neste mês de setembro, uma nova etapana gestão e no monitoramento territorial e da gestão ambiental no estado. A Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IDE-Sisema), plataforma pública que reúne informações ambientais sobre o território mineiro, já está com sua versão 2.0 em ação.
O pacote de atualizações prevê melhorias estruturais e otimizações de interface, além de marcar a inclusão de cinco novas camadas na plataforma com dados relacionados à fauna doméstica.
Em relação a esta última política pública, os mapas virtuais apresentam informações relacionadas aos municípios que mantêm convênios assinados junto ao Estado para o manejo ético populacional de animais domésticos; o número de animais castrados por município conveniado, além das estimativas de vacinação antirrábica canina, felina e total para o ano de 2021.
Atualmente, a IDE-Sisema conta com mais de 211 mil usuários e 1.120.000 acessos oriundos de mais de 1.500 cidades em 80 países.
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Mais funções
Entre as melhorias da nova IDE estão, ainda, a criação de um ambiente administrador e gerenciador que permite a gestão das camadas geoespaciais pelos representantes do Comitê Gestor da IDE-Sisema; maior estabilidade da plataforma; e disponibilização de metadados que subsidiarão os usuários nas consultas realizadas.
“Com a interoperabilidade e descentralização na gestão da nova plataforma, a expectativa é que possamos incorporar e enriquecer a IDE-Sisema com muito mais camadas de informações ambientais”, avalia o diretor de Gestão Ambiental Territorial da Semad, Ricardo Campelo.
Uma camada geoespacial traz um conjunto de informações sobre determinados aspectos, como hidrografia, clima, relevo, cobertura vegetal, entre vários outros. Somadas, essas camadas já são mais de 500, com informações apresentadas em mapas virtuais disponíveis na plataforma.
Para o superintendente de Tecnologia da Informação da Semad, Tiago Aroeira, um dos principais ganhos com a nova versão foi a estabilização da plataforma. “Implementamos soluções capazes de fazer com que a IDE permaneça acessível aos usuários durante todo o período de utilização, minimizando as chances de instabilidade ou indisponibilidade da plataforma em razão de ‘queda’ da aplicação. Essa melhoria foi necessária devido ao volume crescente de acessos simultâneos que a IDE tem recebido”, explica.
Gestão descentralizada
O novo ambiente administrador vai permitir, ainda, a gestão descentralizada das atualizações de camadas.“Com esse gerenciamento, será possível atualizar e inserir novas camadas e funcionalidades de forma mais objetiva, em relação à antiga versão da plataforma, e também fazer todas as adequações de forma mais independente e intuitiva”, afirma o diretor de Gestão de Tecnologia da Informação da Semad, Jardel Cossenzo.
Outra melhoria está no suporte ao usuário, que poderá contar com um formulário para contato direto com a equipe responsável pela gestão da plataforma, dispensando a necessidade de copiar o endereço de e-mail e enviar sua dúvida ou questionamento a partir de outro provedor.
Fauna doméstica
O banco de dados da fauna doméstica servirá também como ferramenta de planejamento e subsídio para a execução de projetos e ações integradas entre o Estado, poder público municipal, órgãos de controle e entidades da sociedade civil, visando a uma atuação coordenada e integrada em prol da fauna doméstica e do meio ambiente.
“A disponibilização dessas camadas dá início à implantação de um banco de dados público que irá conter o máximo possível de informações referentes à fauna doméstica em Minas Gerais. O objetivo é auxiliar não apenas o poder público na sua atuação, mas também a sociedade civil e toda a população na atuação em prol da defesa dos direitos e bem-estar dos animais domésticos”, destaca o subsecretário de Gestão Ambiental, Rodrigo Franco.
Em 2019, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) assumiu a gestão das políticas públicas referentes à fauna animal doméstica. A atuação da pasta se dá, principalmente, na criação de diretrizes para tutela dos animais domésticos, na articulação com outros órgãos do Estado e entidades de proteção animal, e também na prestação de apoio técnico aos municípios.
Metadados
Uma das grandes inovações presentes na versão 2.0 da IDE-Sisema trata da disponibilização dos metadados das camadas geoespaciais. Metadados são informações estruturadas que auxiliam na descrição, identificação, gerenciamento e atualização de documentos digitais. A nova IDE-Sisema irá apresentar informações contextuais de cada camada, incluindo dados relacionados à criação, edição, data, setor responsável, entre outros.
De acordo com o superintendente de Gestão Ambiental da Semad, Diogo Franco, a disponibilização do catálogo de metadados amplia a parceria firmada entre a Semad e o IBGE para que a IDE-Sisema seja incorporada à Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). “Era uma demanda histórica e muito solicitada pelos usuários desde o lançamento da IDE-Sisema e que, agora, passa a ficar disponível”, afirma.
Para a secretária Marília Melo, além de uma importante ferramenta de gestão ambiental, a IDE-Sisema é também um grande exemplo da capacidade técnica dos servidores do Sisema. “Trata-se de uma ferramenta desenvolvida 100% dentro do Sisema, por meio da colaboração de servidores de todos os órgãos ambientais do Estado, atuando juntos para construir a maior iniciativa de integração de informações ambientais, sociais e culturais que Minas Gerais teve nos últimos anos”, enfatiza a secretária.
Fonte: Agência Minas Gerais