Depois de quase 80 mil quilômetros rodados por motoristas da empresa de mobilidade urbana 99, o programa Medicamento em Casa passa a ser realizado com recursos do próprio Estado de Minas Gerais, a partir deste mês de setembro.
A ação do governo estadual é uma das estratégias de combate à pandemia da covid-19. O projeto, realizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), também contou com o apoio da Defesa Civil de MG, além da parceria com a 99.
A decisão de continuidade é justificada pela importância da entrega domiciliar de medicamentos, o que ajuda na prevenção à covid-19. Dessa forma, pacientes inscritos no Farmácias de Minas não precisam sair de casa para buscar remédios.
Balanço
A primeira fase do Medicamento em Casa atendeu a 7 mil portadores de 41 doenças residentes no estado, em média.
As equipes das regionais de Saúde de Juiz de Fora, Pouso Alegre, Coronel Fabriciano, Belo Horizonte, Divinópolis, Teófilo Otoni e Uberlândia embalaram mais de 30 mil itens de 55 tipos de medicamentos e acompanharam as entregas desde as farmácias até as casas dos beneficiados.
“O Medicamento em Casa foi formatado para promover a regularidade do tratamento dos pacientes mais vulneráveis à covid-19, reduzindo riscos de exposição à doença na fase mais severa da pandemia, quando houve aumento do número de casos de contaminação”, cita o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral.
Coordenador adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, o tenente-coronel Flávio Godinho destaca a importância do projeto. “Neste momento de extremos desafios, o governo desenvolve uma ação que demonstra preocupação e carinho em relação a pacientes dos grupos de risco. O trabalho em conjunto representou um alento para quem realmente precisa”.
Pesquisa
Pesquisa realizada com beneficiários do projeto entre os dias 20/7 e 19/8 apontou que 89,11% recomendariam o Medicamento em Casa para alguém próximo e 91% disse nunca ter participado de outro programa de entrega de medicamento em domicílio do Governo do Estado de Minas Gerais nem de outros entes federativos.
A pesquisa também revelou que 74,26% depende do transporte coletivo para retirar os medicamentos em unidades da Farmácia de Minas.