Um dos temas da coletiva virtual concedida pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, e pelo secretário adjunto Marcelo Cabral, nesta segunda-feira (15/6), foi o diálogo entre o Governo de Minas e os municípios do estado. “Há aproximadamente dez dias, estamos nos reunindo com as secretarias municipais de Saúde e prefeitos de várias regiões mineiras, alertando para alguns lugares em que houve aumento da taxa de transmissão e redução do isolamento. Após os contatos, já observamos uma melhora na taxa de transmissão, que ainda não está como gostaríamos, mas revela que começamos a ter um pouco mais de isolamento”, explicou o secretário.
Carlos Eduardo frisou, mais uma vez, a importância do isolamento adequado. “Nós precisamos usar as máscaras, lavar mãos, tomar cuidado para não levar as mãos ao rosto, usar álcool em gel, ou seja, isso é que vai trazer, efetivamente, um controle da nossa epidemia e que vai preservar vidas no estado”, reafirmou.
Na ocasião, o secretário também atualizou o boletim epidemiológico diário, com dados da covid-19 em Minas Gerais. Até o momento, são 21.728 casos confirmados, desse total, 9.694 estão em acompanhamento, 11.553 se recuperaram e 481 óbitos.
Capacidade de ampliação
Amaral esclareceu que as avaliações feitas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) mostram que, de forma geral, há capacidade de ampliação de leitos, tanto no estado, quanto em Belo Horizonte e Região Metropolitana (RMBH). De acordo com ele, provavelmente, nesta semana, haverá uma reunião entre as equipes técnicas da SES-MG e da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte para alinhar as informações e entender melhor os dados. “É muito importante ter ideia de qual será a demanda de leitos na RMBH e qual ampliação se fará necessária. Precisamos saber, também, sobre a programação do isolamento, porque a única forma de evitarmos o aumento dos casos e a sobrecarga na demanda assistencial é o isolamento adequado”, frisou o secretário.
De acordo com o planejamento da SES, a prioridade serão os leitos que são mais fáceis de serem abertos, por exemplo, na rede Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), que já dispõe de estrutura prévia. Em outro momento serão abertos os leitos dos hospitais de campanha, que são dois em preparo: um em Betim e um em Belo Horizonte, no Expominas. Em princípio, a gestão dos hospitais será feita por meio de uma organização social, que fará a contratação de todos os recursos humanos.
Consolidação de dados
Quanto à divergência nos números de ocupação de leitos, o secretário adjunto Marcelo Cabral explicou que os índices para a consolidação dos dados são fechados no dia anterior à divulgação, às 23h59. Portanto, os números nem sempre retratam a realidade do dia em que são divulgados. Ele explicou que esforços são feitos, a partir de conversas da SES com prefeitos, no sentido de identificar, cadastrar e habilitar leitos para o enfrentamento da pandemia.
Para Cabral, se não houver esforços coletivos para manter os cuidados de isolamento e distanciamento social, junto às medidas de higiene, os esforços para a estruturação da rede de Saúde acabarão por não serem o que é entendido como ideal no enfrentamento da pandemia. “É importante também destacar a necessidade de observância do plano Minas Consciente. A retomada das atividades tem que ser gradual e responsável, caso contrário, esses objetivos acabam se frustrando. Essas são as medidas que acreditamos que são efetivas para contenção da dispersão do vírus, dos casos de infecção e infelizmente, dos óbitos que venham a se confirmar”.