InícioMINAS GERAISFaop celebra 53 anos com expansão em Minas Gerais

Faop celebra 53 anos com expansão em Minas Gerais

No ano em que completa 53 anos de existência, a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) comemora seu processo de expansão por outros municípios mineiros. As regiões Sul e Noroeste de Minas se destacaram entre as novas parcerias, com as cidades de Paracatu e Guaxupé.

Em Guaxupé, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) assinou no domingo (28/11), por meio da Faop, protocolo de intenções com a prefeitura da cidade para a instalação de uma unidade da Faop no município, com o objetivo de oferecer cursos de restauração a estudantes da região, em mais uma ação para descentralizar a cultura em Minas Gerais.

“Para se ter uma ideia, no estado, somente Belo Horizonte e Ouro Preto têm cursos de restauro, enquanto 62% do patrimônio histórico do Brasil está em terras mineiras. E a expansão da Fundação muda esse cenário, promovendo um novo tempo, para que nosso patrimônio possa ser restaurado, de uma forma acessível, com Guaxupé como polo irradiador de cultura”, enfatizou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

“É um momento de construir pontes, o começo de uma nova era para todos nós, nesse momento que estamos comemorando também o aniversário de 53 anos da Fundação de Arte de Ouro Preto”, disse o presidente da Faop, Jefferson da Fonseca.

Em Paracatu, cidade que já abriga, desde setembro, a primeira unidade da Faop fora de Ouro Preto, as comemorações do aniversário ocorrem por meio da inauguração da exposição inédita “Fundação de Arte de Ouro Preto/Faop: Saberes e Fazeres em Arte, Restauro e Ofícios”, que conta um pouco mais da história e do trabalho desenvolvido na Fundação.

“É muito importante ter esse contato direto com a comunidade e começar a planejar as ações para 2022. Acredito que o público vai gostar muito da diversidade presente na exposição, já que ela apresenta as várias atividades que a fundação desenvolve na área da arte, do restauro e dos ofícios. Vejo a ação como uma oportunidade de aproximação e construção conjunta da Faop unidade Paracatu”, diz Gabriela Rangel, diretora da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade.

A exposição será entre os dias 30/11 e 4/2/2022, de segunda a sexta-feira,  das 13h às 18h, na rua Temístocles Rocha,  nº 125, no centro de Paracatu (unidade da Faop na cidade).

Parcerias

Na região metropolitana de Belo Horizonte, a Fundação está em tratativa avançada para parceria com Santa Luzia. A Faop também ampliou suas relações internacionais. Além da parceria com o Consulado Geral da Espanha para oferecer bolsas de mestrado aos professores e servidores, a fundação ficou mais próxima da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Para o presidente, Jefferson da Fonseca, comemorar o aniversário da Faop não só em Ouro Preto, mas por todo o estado e com diálogos pelo mundo, representa uma vitória importante.

“A Faop é uma instituição madura, que já superou imensos desafios para levar arte, cultura e preservação do patrimônio ao estado. E em meio a um momento atípico por conta da pandemia, a sua força foi reafirmada. A fundação se manteve firme e em pleno crescimento. Isso mostra que estamos no caminho certo e que os próximos anos tendem a ser ainda mais vitoriosos. A expansão é o resultado de um trabalho coletivo. Por isso, gostaria de agradecer a todos os colaboradores, conselheiros, moradores, alunos e professores que se empenham diariamente pela nossa Faop”, celebra.

Histórico

Em 25 de novembro de 1968 nascia a Fundação de Arte de Ouro Preto — instituição que se tornaria uma das maiores referências em arte e restauro do estado de Minas Gerais.

A Faop foi resultado da união de esforços de importantes nomes da arte nacional. O objetivo era criar em Ouro Preto um instrumento capaz de fomentar a cidade como polo irradiador de cultura, incentivando a produção de arte. Para isso, o então governador do estado de Minas Gerais, Israel Pinheiro, solicitou que Murilo Rubião fosse o responsável pela implantação da instituição.

Em 1969, a Faop integrou à sua estrutura a escolinha de arte, criada pelos artistas Nello Nuno e Annamélia Lopes, origem da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade (EARMFA). Poucos anos depois, o restaurador Jair Afonso Inácio criou, em conjunto com a EARMFA, o primeiro curso para a formação de conservadores e restauradores no Brasil.

Fonte: Agência Minas Gerais

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