O que faz um cientista ser considerado bem-sucedido? Segundo uma pesquisa realizada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, a fórmula é simples: é mais influente aquele que, ao longo da carreira, é mais citado em artigos e estudos publicados em meios de referência.
O resultado dessa pesquisa resultou em uma lista atualizada que apresentou os 100 mil cientistas mais importantes do mundo – o que corresponde a um total de 2% de pesquisadores e pesquisadoras. O ranking foi publicado em outubro no Journal Plos Biology.
O levantamento utilizou dados da base Scopus que considerou a posição dos cientistas em dois rankings: o impacto do pesquisador ao longo da carreira e o impacto do pesquisador em um único ano, neste caso, em 2019. Foram utilizados o número de artigos e as citações feitas sobre as pesquisas como método de avaliação dos estudiosos.
Mineiros na lista
Dos 100 mil cientistas mais influentes, 600 pesquisadores são de instituições brasileiras. Entre esses há 47 estudiosos vinculados a universidades e instituições de pesquisas de Minas Gerais.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aparece 28 vezes no ranking que avalia o impacto do cientista ao longo da carreira. Quando são consideradas apenas as citações de 2019, a federal tem 39 pesquisadores entre os 100 mil mais influentes.
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) aparece na lista com quatro pesquisadores considerados como os mais influentes no mundo em suas carreiras. No ranking com citações apenas o ano de 2019, o número de participação da universidade aumenta para oito.
Apareceram também na lista: Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Federal de Lavras (Ufla), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Universidade Federal de Alfenas (Unifal), PUC Minas, Fiocruz Minas e Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Excelência
A participação de pesquisadores mineiros no ranking ressalta como o estado, historicamente, ocupa um importante espaço na produção científica internacional, segundo o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Paulo Beirão. “Temos pessoas que contribuem muito para o avanço do conhecimento
e do Estado. O importante é saber usar esse capital intelectual. Todas as nossas universidades e os nossos institutos de pesquisa produzem ciência com um importante impacto. É preciso que a sociedade valorize a ciência e a tecnologia como formas de enfrentar os seus desafios”, ressalta.
Um dos desafios citados pelo presidente da Fapemig é a pandemia de covid-19, que escancarou a necessidade da ciência para o enfrentamento da doença em todo o mundo. No ranking, inclusive, pelo menos nove, dos 47 mineiros, estão envolvidos com trabalhos ou pesquisas relacionadas ao coronavírus.
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