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Bombeiros de Minas utilizam experiência em Brumadinho para localizar vítimas desaparecidas no Rio Grande do Sul

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) segue empenhado no apoio ao estado do Rio Grande do Sul, atingido por enchentes há um mês. Na madrugada desta quarta-feira (29/5), uma equipe com 15 militares e dois cães seguiram para o estado.

Diferentemente da primeira equipe, agora os mineiros têm uma missão semelhante à que viveram após o rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019.

“Neste novo ciclo, fomos mobilizados para fazer a missão de busca e salvamento de pessoas desaparecidas na região de Bento Gonçalves (RS). Estamos levando diversos equipamentos e a nossa expertise nesse tipo de atividade em áreas soterradas, em áreas de enxurradas e de enchentes”, explicou o tenente-coronel Welter Chagas, que chefia a equipe mineira.

Cães farejadores

Acompanhadas dos tutores, as cadelas Agnes (pastor belga) e Kali (pastor alemão) vão auxiliar no trabalho de busca por desaparecidos em escombros, galhadas e outras situações em que o faro é fundamental para identificar pontos de interesse e otimizar o trabalho em áreas extensas. 

Pela capacidade olfativa natural, os cães detectam a presença da vítima mesmo que oculta em cenários onde o simples deslocamento para humanos seja difícil. Tal eficiência foi constatada pela primeira equipe que esteve no Rio Grande do Sul no início de maio.

De acordo com o capitão Lucas Costa, o cão Bono e seu tutor, sargento Avelino, e o cão Logan e a sua tutora, cabo Maressa, conseguiram ajudar na localização de três vítimas.

“Trabalhávamos em uma área extensa onde, sem a ajuda dos cães, demoraríamos aproximadamente três a quatro dias, e o cachorro com aproximadamente 30 minutos de trabalho conseguiu localizar as vítimas. Depois de mais 30 minutos, os bombeiros conseguiram acessar e retirar as vítimas sob os escombros”, detalhou o comandante da Companhia de Busca, Resgate e Salvamento com cães do CBMMG.

Em Brumadinho, os cães do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais ajudaram a encontrar mais de 70% das vítimas. Na tragédia em Petrópolis, os binômios (cães e tutores) tiveram êxito na identificação de oito pontos de interesse ou locais em que poderia haver vítimas.

Depois de escavar e procurar com uso de ferramentas especializadas, os militares identificaram três vítimas no local em que os cães tinham sinalizado.

A busca realizada pelos militares se baseia na visão e audição (pelo método de chamada e escuta), o que também se limita a um pequeno raio de detecção, enquanto o odor das vítimas é carregado pelo vento e pode ser detectado a mais de 300 metros por cães bem treinados, que seguirão esta direção até a sua localização.

As cadelas Agnes e Kali, que seguem nesta segunda equipe para a missão para o Rio Grande do Sul, possuem certificação, que é um dos critérios que definem a participação dos cães em missões nacionais e internacionais.

É a chancela de que os binômios estão preparados para serem utilizados em desastres diversos, e tem por finalidade padronizar atividades de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (Bresc).

 


CBMMG / Divulgação

Missão

A equipe de 15 bombeiros militares, incluindo dois binômios, integra mais um esforço de Minas em apoio ao trabalho de buscas por desaparecidos e ajuda humanitária no estado do Rio Grande do Sul. A previsão é que permaneçam em solo gaúcho até o dia 9/6.

Os militares se deslocam para atuação especializada em cenários de deslizamentos de terra, com o objetivo primordial de busca e recuperação de vítimas desaparecidas, além de fornecer suporte na coordenação e controle das atividades assistenciais à população afetada pelos eventos hidrogeológicos.

Esta será a terceira vez que o CBMMG enviará uma equipe para a região. Em outubro do ano passado, uma equipe formada por quatro militares e três cães de busca atuaram no Vale do Taquari, na faixa central do Rio Grande do Sul, região que foi fortemente assolada por enchentes.

Na ocasião, os binômios ajudaram na localização de vítimas que estavam desaparecidas. A corporação também atua na fase de recuperação dos locais atingidos por desastres, compartilhando conhecimentos e técnicas aplicadas em operações de movimento de massa e soterramentos.

Fonte: Agência Minas Gerais

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