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Adolescentes em medida socioeducativa concluem curso técnico

“Quando acabar de cumprir minha medida, posso abrir uma loja de som lá fora, trabalhar para alguém e até mexer no carro do meu pai. O básico já tenho, agora é só correr atrás. E quem sabe fazer outros cursos e me profissionalizar ainda mais”. 

 

É assim que Paulo Santos*, 16 anos, adolescente que cumpre medida socioeducativa de semiliberdade na Casa Caminheiros de Jesus, define como pretende seguir após finalizar a medida e deixar a unidade. Com o curso recém-concluído, ele e outros 20 adolescentes das Casas de Semiliberdade Bethânia e Caminheiros de Jesus, localizadas em Juiz de Fora, na Zona da Mata, deram mais um passo rumo à profissionalização. 

 

Os jovens participaram do curso Instalação de Som, com ênfase em automotivos. Ministrado pelo instrutor Leonardo de Azevedo Rocha, por meio do Polo de Evolução de Medidas Socioeducativas (Pemse), a capacitação contou com carga total de 20 horas, divididas em duas semanas. Ao lado da educação e da família, a profissionalização é um dos eixos estruturantes do trabalho desenvolvido pela Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)

 

O curso

 

Funções do aparelho de CD Player, unidade principal sem amplificação, procura de estações, instalando um auto rádio, sistema elétrico automotivo e cálculo da bitola do cabo de força foram alguns dos temas abordados durante o treinamento. 

 

“O curso foi muito eficiente, vai trazer um grande resultado na minha vida de trabalho. Eu achei que seria muito difícil mas, com as aulas, consegui aprender. A teoria me deu bagagem para desenvolver a prática e agora vai me trazer muitos resultados no futuro”, projeta Gabriel Antunes*, 18 anos, adolescente da Casa de Semiliberdade Bethânia. 

 

Além da teoria, o treinamento contou com aulas práticas. Ao final, os garotos puderam colocar a mão na massa e testar os conhecimentos adquiridos. O professor levou um carro para que os meninos pudessem treinar e garantir que realmente aprenderam tudo o que foi ensinado. Eles passaram ainda por uma prova prática. Todos foram certificados e estão aptos para já começar a exercer a profissão. 

 

A diretora-geral da Casa de Semiliberdade Caminheiros de Jesus, Christina Sulz, destaca a importância do treinamento para a profissionalização dos garotos. “Oferecer ao adolescente cursos em que possa praticar, desenvolver o seu potencial para além da teoria, desperta motivações que podem durar a vida inteira e ser o início da construção de uma nova trajetória”. 

 

*Nomes fictícios para preservar a identidade dos adolescentes, conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Fonte: Agência Minas Gerais

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