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Pesquisa que desenvolve biomembrana para reparo de lesões na pele tem apoio da Fapemat


Um projeto de pesquisa financiado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), estuda produtos naturais para o reparo e cicatrização de lesões na pele. A pesquisa é coordenada pela doutora em genética e biologia molecular, Paula Cristina de Souza Souto, do Campus Universitário do Araguaia (UFMT).

Na medicina os resultados do estudo mostraram que a biomembrana vegetal é segura como curativo para úlceras cutâneas (feridas).  A grande ocorrência mundial de feridas cutâneas, tais como queimaduras, continua alta, com milhares de pessoas sofrendo com sequelas físicas, psicológicas e com as consequências sociais que esse tipo de lesão pode causar.

O projeto intitulado Desenvolvimento e Caracterização de Membranas de Látex de Hevea Brasiliensis e Própolis Scaptotrigona Polysticta para Tratamento de Queimaduras busca produtos naturais de origem animal ou vegetal que possuam propriedades com ação cicatrizante e antimicrobiana em lesões de pele, preparando biomembranas de borracha natural (derivada do látex de seringueira) associado à própolis de abelhas sem ferrão, conhecida como Bijuí.

O tratamento tópico ideal para lesão provocada por queimadura seria aquele que, ao mesmo tempo, controla o crescimento bacteriano, remove o tecido desvitalizado e estimula o crescimento do novo tecido. Até agora, estas três funções não se encontram em um mesmo curativo.

A inovação proposta pela pesquisa foi o desenvolvimento de uma biomembrana com a associação de dois componentes, látex e própolis, típicos da biodiversidade do Estado de Mato Grosso.

Com os resultados da pesquisa foi possível desenvolver biomembranas com características físico-químicas que indicam que podem ser utilizadas para o tratamento de queimadura. Estudos em animais apontam que as biomembranas se mostraram eficientes, pois aceleraram o processo de cicatrização sem a necessidade frequente de troca do curativo. Além disso, o processo inflamatório, que acontece em todo processo de cicatrização, foi controlado, o que indica uma possível cicatrização da pele sem a formação extensiva de cicatrizes. 

Tendo em vista a necessidade de tratamentos mais práticos e eficazes das queimaduras a membrana de látex associada ao própolis apresentou resultados promissores para o uso na medicina.

Fonte: GOV MT

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