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Núcleo de Pesquisa da UEMS lança canal no Youtube para falar sobre quadrinhos


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Inspiração para franquias valiosas no cinema e com milhares de fãs pelo mundo inteiro, as histórias em quadrinhos também são fontes para pesquisas dentro da universidade. Uma prova disso são atividades desenvolvidas no NuPeQ (Núcleo de Pesquisa em Quadrinhos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), que lançou recentemente um canal no Youtube com dicas, informações e resenhas sobre o gênero textual.

De acordo com o professor da UEMS e líder do NuPeQ, Nataniel Gomes, as histórias em quadrinhos desempenham um papel importante para a história e a cultura de um país. “As histórias em quadrinhos são um suporte muito popular, quase sempre atribuído aos leitores mais jovens, mas não só isso. Você tem histórias que nos surpreendem, algumas que vão ganhar prêmios muito importantes, outras vão relatar fatos acontecidos recentemente e outras fazem até mesmo jornalismo”, explica.

“Então, quando se diz e se pergunta se histórias em quadrinhos são para crianças, eu costumo responder que são também para crianças, mas não exclusivamente para elas. Em algumas partes do mundo é bastante comum encontrar pessoas que leem quadrinhos nas mais variadas idades e isso não tem nada a ver com uma cultura superior ou inferior, como se pensa popularmente. É apenas outro aspecto cultural”, complementa.

Cinema e história

Nataniel ressalta que os quadrinhos mantêm uma proximidade com o cinema há muito tempo, com adaptações inspiradas nas grandes histórias do gênero. “Desde sempre os quadrinhos têm caminhado junto com a imprensa e o cinema, então essa novidade, aparente novidade dos quadrinhos estarem sendo adaptados para o cinema, vem desde sempre, como acontecia com o Flash Gordon e tantos outros lá no início do cinema”, frisa.

Para o professor, a mídia retratou diversas mudanças da sociedade e abordou temas importantes. “Os quadrinhos representam uma mídia que retrata as mudanças da sociedade de uma forma muito rápida e muito dinâmica, só para se ter um exemplo, quando houve o atentado de 11 de setembro, com a queda das Torres Gêmeas, um dos primeiros suportes a retratar o acontecido foi as histórias em quadrinhos, mostrando toda a tragédia acontecida”, frisa.

Pode parecer improvável, mas até uma simples história como dos X-Men, por exemplo, foi construída com base nas lutas travadas contra o preconceito. “Os quadrinhos também representam e mostram as mudanças pelas quais a sociedade passa. Só para citar um exemplo nós temos a história dos X-Men, que retrata basicamente o conflito racial nos Estados Unidos nos anos 70, em que você tem a representação dos mutantes com duas lideranças dos X-Men, uma liderança do Magneto que representaria uma liderança radical contra o preconceito, e uma liderança pacifista do Xavier, equivalente ao que havia nos Estados Unidos na luta contra o preconceito”, indica.

Para contar histórias como estas, pesquisadores do NuPeQ criaram um canal no Youtube com resenhas, palestras e outras informações sobre o universo dos quadrinhos. “O objetivo do nosso grupo é estudar a relação dos quadrinhos com a literatura, com o cinema, com as mais variadas artes, com a semiótica, com a história e com a filosofia. Devido à pandemia nós criamos um canal onde apresentamos discussões, eventos, palestras, resenhas sobre os quadrinhos na universidade, entrevistando os mais variados professores e pesquisadores do país”, indica.

Quem quiser conhecer mais sobre o núcleo pode acessar o link https://youtu.be/9TH5829i0rs

Naiane Mesquita   DRT 806/MS

Projeto Mídia Ciência de Jornalismo Científico – Quando a ciência fala, a gente escuta!

Fonte: Governo MS

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