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Socioeducanda da Funac lança livro de poesia e cordel


Livros lançados por socioeducanda do Centro Socieducativo Florescer (Foto: Divulgação)

A socioeducação no Maranhão tem ressignificado a trajetória de vida dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, por meio da produção literária. Nesta quarta-feira (16), às 16h, em São Luís, uma socioeducanda do Centro Socioeducativo Florescer, unidade da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), lançou o livro “Poesias e cordéis, um para cada momento”.

Para a presidente da Funac, Sorimar Sabóia, ter escritores na socioeducação é uma vitória e reflete o compromisso de toda equipe. “A transformação só é possível com a educação. A fundação tem investido em projetos que promovem a leitura e a escrita nos centros socioeducativos; essa prática estimula os adolescentes a expressarem sua concepção de vida, de sociedade e de mundo, possibilitando o protagonismo juvenil e o exercício da cidadania”, afirmou.

Servidoras do Vinhais que foram prestigiar o evento (Foto: Divulgação)

A socioeducanda foi incentivada a escrever o livro durante as oficinas literárias realizadas nas atividades sociopedagógicas. O lançamento foi realizado no encerramento das atividades dos projetos realizados este ano no Centro, que contou com a palestra ‘Leitura como processo de liberdade’, com Mary Ferreira, professora Dra. em Politicas Públicas (UFMA); inauguração da Biblioteca Florescer; exposição fotográfica, com relato da experiência da socioeducanda na oficina de fotografia; declamação e exposição de poesias e cordéis e sessão de autógrafos.

A diretora do Florescer, Miriam Machado, destaca que as atividades dos centros tem como foco a escolarização e os incentivos a leitura. A adolescente se descobriu além de leitora, como escritora e isso é muito gratificante para toda a equipe. “Só o fato de conseguir que no cumprimento da medida a adolescente possa descobrir suas habilidades, sua capacidade e conseguir ressignificar o ato infracional e seu projeto de vida, é fantástico”, comemorou.

Palestra com a professora Mary Ferreira (Foto: Divulgação)
ançamento do livro contou com exposição fotográfica (Foto: Divulgação)

A partir do incentivo da equipe da Funac, a adolescente foi estimulada a continuar escrevendo sua experiência. A jovem conta, através de cordel, os momentos de sua vida e da sua privação de liberdade. “Quero agradecer a todas pessoas que contribuíram para o lançamento do meu livro. Comecei a colocar no papel os momentos compartilhados e as experiências adquiridas nas atividades realizadas no Centro Socioeducativo, com momentos importantes com outras adolescentes e com a equipe, além da saudade da família”, contou a escritora.

Mary Ferreira, a palestrante, conta que ficou muito feliz com a qualidade do trabalho realizado na socioeducação e os resultados do trabalho que pode acompanhar, principalmente do livro com a socioeducanda que ela mostra que em pouco tempo conseguiu ler, produzir e escrever. “Na palestra que ministrei percebi o interesse pela leitura e também fiquei muito feliz em observar o apoio das famílias, que é extremamente importante no processo de cumprimento de medidas socioeducativas”, disse.

“Existe harmonia no Centro Socioeducativo Florescer, em que se percebe a competência, dedicação do trabalho e os resultados são extremamente visíveis. Fico muito feliz de ver que existem no estado trabalhos exitosos e que precisam ser disseminados para que a sociedade possa compreender que é possível ressocializar jovens, quando você realmente trabalha com afeto, amor e compromisso”, declarou Mary Ferreira.

Lançamento do livro contou com decoração de Natal (Foto: Divulgação)

O fotógrafo Afonso Barros explica como se deu o processo da oficina de fotografia que teve como tema: “O olhar das meninas da socioeducação”, que trabalhou autoestima e sustentabilidade. “A atividade foi realizada em três momentos, com foco na história da fotografia, das técnicas e vivências fotográficas com ensaios de vários estilos, utilizando equipamento apropriado e criatividade para compor cenas que as adolescentes pudessem expressar seu através do seu olhar sensível, ângulos e formas do seu cotidiano”, disse.

“Nos ambientes abertos das vivências foi possibilitado observar a luz, reflexos, sombras e a energia do próprio lugar. O encerramento da oficina foi realizado no Viveiro Tracoá, com um cenário natural de muito verde, bichos e diversidade de cores. A experiência para as adolescentes foi  inspiradora, assim como foi para mim, elas demostraram atenção e foi superado as expectativas pelo resultado das imagens escolhidas para exposição”, complementou Afonso.

Fonte: Governo MA

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