A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, executa o “Projeto de Cuidados Paliativos no SUS – Apoio à Implementação da Política Nacional de Cuidados Paliativos”. O encontro acontece até esta sexta-feira (11) com a apresentação de diagnóstico da Macrorregião Norte do Maranhão e a participação de gestores e profissionais de unidades municipais e estaduais de saúde da região.
O treinamento terá duração de 13 meses e reunirá equipes de profissionais de 10 serviços de saúde, sendo quatro estaduais: o Hospital Presidente Vargas, Hospital Nina Rodrigues, Policlínica Diamante e UPA de Paço do Lumiar, além de seis municipais, como o Hospital Regional Antenor Abreu de Pinheiro, Hospital Municipal Djalma Marques, Hospital Municipal Clementino Moura, Unidade Mista do Bequimão, Samu de Pinheiro e Samu de São Luís.
A abertura do projeto foi realizada na terça-feira, 8, no auditório da Secretaria de Estado da Saúde (SES), e foi destacada pela superintendente de Acompanhamento à Rede de Serviços da SES, Priscila Barros.
“A abertura do projeto no Maranhão significa que a SES está investindo na qualificação e integração das assistências municipal e estadual. Com isso, vamos poder implementar melhores práticas de Cuidados Paliativos tal como tem sido feito em outras macrorregiões de saúde do país, colocando o nosso estado na lista de unidades federativas que buscam garantir atendimento correto e integral”, disse.
O Cuidado Paliativo (CP) é uma abordagem em saúde que busca levar qualidade de vida a pessoas com doenças ameaçadoras à vida, assim como apoio a seus familiares. O projeto, por sua vez, tem a meta de disseminar essa política e a cultura em diversas macrorregiões do país, dentro da Rede de Atenção à Saúde (RAS).
“Estamos dando mais um passo para o fortalecimento do SUS no estado do Maranhão ao oportunizar aos gestores e profissionais o aprendizado e operacionalização do cuidado com todo o carinho que os pacientes e seus respectivos familiares merecem”, afirmou a gestora de Regulação Controle e Avaliação do Sistema de Saúde da SES, Marina Sousa.
O Hospital Sírio-Libanês executa projeto na área de Cuidados Paliativos desde 2020, a partir das experiências vivenciadas e da recém-publicada Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP). Além do Maranhão, a iniciativa está presente em outros 19 estados, incluindo o Distrito Federal, para o triênio 2024-2026.
A médica consultora do Projeto Cuidados Paliativos do Hospital Sírio-Libanês, Manuela Alencar, disse que a iniciativa tem o intuito de trazer a cultura de cuidados paliativos gerais para o SUS. “O objetivo do projeto é mostrar que todo profissional de saúde precisa saber operacionalizar para oferecer o mínimo de cuidado paliativo aos pacientes com essa demanda, que são portadores de doenças ameaçadoras da vida, mas não necessariamente terminais”, frisou.
A expertise funciona em três eixos de atuação: Serviços de Saúde, com grupos de trabalho, desenvolvimento de expertise e qualidade de assistência; Profissionais de Saúde, por meio da execução de boas práticas de Cuidados Paliativos nos serviços; e Rede, com foco no diagnóstico inicial sobre o funcionamento da RAS, fluxo de rede e fortalecimento da transição de cuidado e apoio.
Maísa Baldez é médica do atendimento domiciliar da Secretaria Municipal de Saúde São Luís, e destacou a importância de participar da abertura do projeto. “É importante que São Luís, como capital do estado, esteja atuando diante das políticas públicas. Estar em parceria com grandes hospitais como o Sírio-Libanês, também, é muito importante, pois traz a iniciativa que orienta para uma assistência que possa complementar e atualizar a nossa equipe”, pontuou.
A coordenadora de enfermagem da Policlínica Diamante, Thaisa Larissa Medeiros, ressaltou a expectativa com a execução do projeto no âmbito ambulatorial. “Quando pensamos em cuidados paliativos, nos vem à memória a assistência hospitalar. Por isso acho que levar isso para o ambiente ambulatorial é oportunizar um cuidado maior, com uma assistência que promove qualidade de vida, prolongamento da vida, em que o paciente pode voltar para casa e dar continuidade ao tratamento de forma ambulatorial, fazendo a medicação no conforto do lar”.
O “Projeto de Cuidados Paliativos no SUS” também integra as ações do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), iniciativa criada pelo Ministério da Saúde em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada.
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