Em alusão ao Dia Mundial Contra a Raiva, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou, nesta quarta-feira (29), a capacitação de profissionais quanto à coleta e envio de amostras para diagnóstico da raiva animal no Maranhão. Realizada pelo Departamento de Controle de Zoonoses, a capacitação prossegue até sexta-feira (1º), tendo como público médicos veterinários e técnicos de saúde das regionais de Itapecuru, Rosário e metropolitana.
“Através da vigilância, poderemos identificar o tipo de vírus que porventura esteja circulando no estado, e isso só é possível a partir dos exames feitos em amostras coletadas de animais que vieram a óbito por causa da doença. Por essa razão é que a vigilância deve ser constante, pois ela contribui com o processo de vacinação dos animais enquanto medida de prevenção”, disse a chefe do Departamento de Controle de Zoonoses do Estado, Zulmira Batista.
Nos três dias de treinamento, os profissionais serão capacitados sobre a situação epidemiológica da raiva no Maranhão, biossegurança e as respectivas classificações de risco. Além disso, também terão acesso a informações sobre coleta e envio das amostras para diagnóstico laboratorial e aula prática na sala de necropsia.
Nesta quarta-feira, foi a vez de médicos veterinários e técnicos de saúde da regional de saúde de Itapecuru; na quinta-feira (30), será a vez dos profissionais da regional de Rosário; e, por último, na sexta-feira (1º), daqueles que atuam nos municípios de São Luís, Alcântara, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, da região metropolitana. A capacitação também incluirá as novas técnicas de armazenamento e envio de amostras, que agora passarão a ser feitas pelo Laboratório Central (Lacen-MA).
Presente na capacitação, o assessor especial do Departamento de Zoonoses da SES, Salim Waquim, destacou que o controle epidemiológico é resultado das medidas de vigilância. “O nosso trabalho gira em torno da prevenção. Dentre as técnicas transmitidas aos participantes, estão o trabalho de vigilância epidemiológica, a coleta do material, o armazenamento e o envio para o laboratório”, afirmou.
A capacitação também contou com a participação de representante da Sanofi Pasteur, laboratório parceiro do Instituto Butantan, responsável pela análise de materiais para diagnóstico e pesquisa da raiva canina. “A ideia é que consigamos encontrar maneiras de conscientizar profissionais que trabalham na linha de frente e a população em geral quanto à exposição à doença. Na região Nordeste, o Maranhão e o Ceará têm um engajamento muito importante com os municípios na busca por soluções de combate à raiva”, comentou.
Para o médico veterinário que atua no município de São Benedito do Rio Preto, Eduardo Luz Neto, o treinamento foi a oportunidade de fortalecer a rede de prevenção contra a raiva. “É de grande relevância porque veio somar informação. Um momento como este nos ajuda a se sentir mais seguros nos procedimentos a serem adotados, que influenciarão no estreitamento entre a gestão estadual e municipal no enfrentamento da doença”, disse.
Raiva
O vírus da raiva humana é do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. A transmissão ocorre pela inoculação do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e/ou lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central.
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