A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) desenvolve pesquisas na área de agronomia desde 2020, logo após a implantação do Centro de Ciências Agrárias, Naturais e Letras (CCANL) no campus Estreito, levando assistência técnica para produtores rurais da região.
O Centro é parte do projeto de expansão da UEMASUL e oferta os cursos de Ciências Naturais com habilitação em Matemática ou Física; Engenharia Agronômica; e Letras, Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa.
Autor de dois projetos de pesquisa, o professor do curso de Engenharia Agronômica, Járisson Cavalcante Nunes, trabalha com produtores rurais do município, desenvolvendo técnicas de cultivo de alface nas propriedades desde setembro do ano passado.
O primeiro projeto de pesquisa foi aprovado no Edital Nº 05/2020 – PROPGI/UEMASUL, intitulado “Técnicas de Manejo para Produção de Hortaliças na Região Tocantina do Maranhão”. Com representação dos discentes, o projeto conta com duas bolsistas de iniciação científica, Larissa Aguiar Alves (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq) e Rakell Milhomem Vasconcelos Martins (PIBIC da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA).
Este foi o primeiro projeto a ser desenvolvido no campus Estreito, como explica o professor Járisson Cavalcante Nunes. “O projeto é pioneiro no campus porque foi o primeiro a ser aprovado na etapa PIBIC/CNPq. Temos outro professor que também teve projeto aprovado no mesmo edital pela FAPEMA, porém, as atividades iniciaram dois meses após deste. Ambos foram aprovados juntos, mas por serem de bolsas distintas, houve essa diferença no início das atividades”.
Extensão
Em fevereiro deste ano foram iniciadas as atividades do projeto de extensão aprovado no EDITAL Nº 041/2020 – PROGESA/UEMASUL, que tem como objetivo prestar assistência técnica, produzir e distribuir mudas de espécies arbóreas e frutíferas nativas para implantação de sistemas agroflorestais em Estreito.
Na primeira fase estão sendo produzidas um total de 900 mudas de três espécies. Cada propriedade participante da proposta possui caráter referencial, através da instalação de unidades demonstrativas do sistema agroflorestal para difusão permanente da metodologia, tanto à comunidade científica quanto aos moradores da região. No total, já são cinco propriedades envolvidas.
O projeto visa despertar a consciência ambiental da comunidade e a sua mobilização frente a esta temática de produção de alimento saudável e segurança alimentar.
Segundo o professor Járisson Nunes, as atividades já têm resultado em experimentos promissores para a comunidade local. “Estamos realizando o segundo experimento com a cultura da alface e iniciando o primeiro experimento com a cultura do jiló. A execução dessas atividades experimentais, em parceria com o produtor familiar, tem possibilitado uma série de vantagens, pois os discentes conseguem vivenciar, na prática, as técnicas de cultivo, bem como os próprios agricultores poderão visualizar in loco os resultados obtidos”, explica o docente.
Devido à pandemia da Covid-19, as ações de ambos os projetos foram planejadas considerando a situação sanitária do país, visto que foram iniciados já neste cenário. As atividades experimentais seguem as instruções normativas da UEMASUL, elaboradas pelo Comitê de Monitoramento e Avaliação (CMA/UEMASUL), que monitora e avalia os efeitos da pandemia na região de abrangência da UEMASUL. O CMA foi criado pela Portaria n° 136/2020.
Estímulo à pesquisa
Buscando a consolidação de uma cultura de pesquisa no âmbito da instituição e o incremento quantitativo e qualitativo da produção científica institucional, a política de pesquisa da UEMASUL consiste em incitar os professores e estudantes a desenvolverem atividades nas suas respectivas áreas de ensino, por meio de estímulos de caráter técnico, estrutural e financeiro.