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Parceria entre Laboratório Central do Maranhão e Fiocruz capacita profissionais para uso de novas tecnologias

Treinamento capacitou os técnicos maranhenses no uso de tecnologias mais modernas para a identificação de variantes virais (Foto: Márcio Sampaio)

Foi concluído na última sexta-feira (3) o treinamento realizado pelo Laboratório Central do Maranhão (Lacen) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para capacitar os técnicos maranhenses no uso de tecnologias mais modernas para a identificação de variantes virais como, por exemplo, as do SARS-CoV-2, que causa a Covid-19. A capacitação aconteceu no intuito de agilizar a análise das amostras e melhor definir o cenário da pandemia no estado. 

“Isso representa um ganho muito grande para o Maranhão, tendo em vista que a partir do próximo ano, o Lacen já estará realizando o sequenciamento genético aqui mesmo no estado. Assim, não perderemos mais tanto tempo enviando essas amostras para os únicos dois locais que eram feitos anteriormente. E, com isso, conseguiremos dar para a população uma resposta bem mais rápida quanto à pandemia, principalmente com o advento de novas cepas”, comenta o médico e assessor especial da Secretaria de Estado da Saúde, Rodrigo Lopes. 

O Maranhão já recebeu do Ministério da Saúde os equipamentos para montagem do laboratório de sequenciamento genético, que dará independência às pesquisas realizadas no estado. A partir do início do funcionamento do novo laboratório, amostras que antes eram enviadas para a Fiocruz e o Instituto Evandro Chagas e demoravam até 40 dias para serem sequenciadas, poderão ser analisadas em apenas uma semana. 

De acordo com o diretor do Lacen, Lídio Gonçalves, a parceria com a Fiocruz é importante para a introdução de novas tecnologias no Lacen. “Com essa capacitação, muito em breve poderemos responder uma série de perguntas. Como, por exemplo, após a vacinação de toda a população do Maranhão, quais as variantes do coronavírus vão prevalecer? Que novas mutações o vírus vai adquirir? Será que outras variantes vão surgir mais transmissíveis e que reduzam a eficácia da vacina? São perguntas que vamos responder ao longo desse período”, afirma Lídio Gonçalves.  

No Nordeste, além do Maranhão, estão sendo acompanhados e servindo como base para estudos os estados de Pernambuco e Bahia. O pesquisador Sênior da Fiocruz, Luiz Carlos Alcântara, explica que, simultaneamente, a realização do treinamento também está sendo realizada uma atividade de vigilância genômica em indivíduos vacinados contra a Covid-19. 

“O objetivo é analisar que tipo de variante acomete os indivíduos que já foram vacinados contra a doença. Esse é um projeto que envolve a maior parte dos Laboratórios Centrais do Nordeste. E escolhemos os estados do Maranhão, Pernambuco e Bahia para receberem as amostras a serem sequenciadas”, comenta o pesquisador Luiz Carlos Alcântara.

Fonte: Agência de Notícias do Maranhão

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