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Governo do Estado intensifica ações para controle da raiva humana na região de Chapadinha

Povoado de Santa Rita, em Chapadinha (Foto: Divulgação)

O Governo do Estado e a gestão municipal de Chapadinha vão intensificar as ações de controle da raiva humana. O reforço ao trabalho é motivado pelo registro de um caso de uma criança de dois anos, do Povoado de Santa Rita, em Chapadinha, com histórico de mordedura por um animal silvestre. O caso foi confirmado, no dia 6 de outubro, pelo Instituto Pasteur e é o primeiro registrado no Maranhão nos últimos oito anos.  

A chefe do Departamento de Zoonoses da SES, Zulmira Batista, destaca que, desde a comunicação do caso suspeito no dia 22 de setembro, a Superintendência de Epidemiologia e Controle de Doenças do Estado do Maranhão, através do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) e do Departamento de Zoonoses vem tomando todas as medidas cabíveis.

“Já deslocamos equipes para o povoado, onde está sendo feita a investigação in loco. Apesar de se tratar de um caso de raiva silvestre, já estão sendo adotadas as medidas profiláticas de bloqueio vacinal dos animais (cães e gatos) e dos moradores do povoado, além de orientação dos mesmos”, afirma a chefe do Departamento de Zoonoses, Zulmira Batista.  

Para alinhamento das ações, na quinta-feira (7), gestores da Unidade Regional de Saúde de Chapadinha e do município de Chapadinha e técnicos do Controle de Zoonoses realizaram uma reunião onde foram definidas ações como a vacinação de todas as pessoas do povoado, além do treinamento para todos os agentes comunitários de saúde; treinamento para os médicos e enfermeiros sobre o diagnóstico da raiva; e protocolos de atendimento. 

Ações do Governo do Estado

Os últimos casos notificados no estado do Maranhão ocorreram em 2013, nos municípios de Humberto de Campos (01) e São José de Ribamar (01). As campanhas anuais de vacinação de cães e gatos, no Maranhão, associadas às demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva, resultaram na erradicação da raiva humana por oito anos no estado. 

“Além disso, constantemente são realizadas ações de educação em saúde, quando todos os municípios são treinados com relação aos cuidados que se tem que ter com relação aos animais domésticos e silvestres. Cabe aos municípios a realização das campanhas de vacinação”, destaca Zulmira Batista. 

Recentemente, em alusão ao Dia Mundial Contra a Raiva, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), através do Departamento de Controle de Zoonoses, realizou uma capacitação de profissionais quanto à coleta e envio de amostras para diagnóstico da raiva animal no Maranhão. 

Prevenção e sintomas

O vírus da raiva humana é do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. A transmissão ocorre pela inoculação do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e/ou lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central.

No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico.

O esquema de profilaxia da raiva humana deve ser prescrito pelo médico, que avaliará o caso indicando a aplicação de vacina e/ou soro. Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por 10 dias para ver se ele manifesta doença ou morre. 
A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que consequentemente previne também a raiva humana.  

Para animais silvestres não há vacinação, por isso o indicado é nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais. Em geral, os sintomas da doença são alterações de comportamento – confusão mental, desorientação, agressividade, alucinações; espasmos ao sentir água ou vento – hidrofobia; mal-estar geral; aumento de temperatura; náuseas; dor de garganta; entre outros.

Paciente

O paciente encontra-se internado na UTI em um hospital público de São Luís em estado grave, acompanhado por equipe médica na unidade de internação e recebendo o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde. Por meio de boletim diário emitido pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), o caso segue em acompanhamento da equipe da Vigilância Epidemiológica do estado e município de São Luís.

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Fonte: Agência de Notícias do Maranhão

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