A Secretaria de Estado do Turismo (Setur) realizou, no final da tarde desta sexta-feira (29), mais uma ação da Blitz Mais Infância, Mais Turismo, que visa sensibilizar a população e coibir o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes no Turismo.
A ação, coordenada pela superintendência de Qualificação Profissional da Setur, tem o papel de orientar moradores, comerciantes em geral, localizados no bairro da Madre Deus, para essa temática. Essa foi a quarta blitz do Mais Infância, Mais Turismo realizada pela Setur em São Luís. As ações aconteceram na Avenida Litorânea, BR-135 e na Avenida Beira Mar, durante o carnaval de 2020. Além da capital, ações da blitz são realizadas durante todas as ações da Caravana Mais Turismo.
“Queremos orientar e sensibilizar a população para o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes em todos os polos turísticos do Estado do Maranhão. O turismo traz renda e muitos benefícios, mas precisamos combater os abusos”, disse o secretário Estadual de Turismo, Catulé Júnior.
Durante a atividade foram distribuídos folders informativos nos estabelecimentos com diálogo com funcionários sobre a importância do fortalecimento do combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Foram também entregues e afixados materiais informativos como cartazes, adesivos e bottons em áreas de fácil visibilidade nos estabelecimentos visitados, e divulgados números para denúncias.
“Turismo sexual não é turismo. É crime. Temos que refletir e divulgar essa questão para gerar um movimento de mobilização para que a participação da sociedade sejam fortalecidas e a exploração combatida”, disse a coordenadora do Programa Mais Infância, Mais Turismo, Wanda Bittencourt.
A comerciante, Gisele Diniz, que trabalha há dois anos na Madre Deus, destacou a importância da blitz educativa e parabenizou o Governo Estado pela ação. “Parabenizo o empenho do Governo do Estado pela iniciativa de estar realizando esse tipo de ação como forma de orientar a todos nós comerciantes sobre essa temática”, disse a comerciante.
O trabalhador autônomo e morador do bairro, Rômulo Azevedo, também destacou a importância de se falar sobre esse tema delicado para sociedade. “Ações como essas ajudam na informação e na forma como a sociedade deve agir caso venha a presenciar casos de abuso sexual contra menores de idade”, destacou o morador.
Denúncia
Para que o atendimento aconteça de maneira eficaz, o Disque 100 conta uma rede de órgãos pactuados. Cada violação e denúncia são avaliadas individualmente para se saber qual o caminho que ela irá seguir dentro dos possíveis parceiros. A partir daí, é feita a análise da denúncia e o levantamento de outros dados, como identificação da vítima, do suspeito, do tipo de violência ocorrida, além de detalhes como endereço, faixa etária, gênero e orientação sexual de quem sofreu a violação.
Para atender crianças e adolescente, o Disque 100 trabalha sobre a premissa de parceria. “O Disque 100 tem o papel de tirar o mais rápido possível à vítima da situação de violência. Temos pactos com o conselho tutelar e outros serviços do sistema de garantias de direitos, previstos no Estatuto da Criança e Adolescente”, finalizou Wanda Bittencourt.
Quem são os parceiros?
Conselho Tutelar, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (SEMCAS), Escolas Municipais e Estaduais de Ensino.
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