Mais que saúde, qualidade de vida: Projetos da PMSE transformam a rotina de policiais militares em Sergipe

Idealizados pelo Comando Geral, o Pró-Vida e o Clube de Corrida oferecem suporte profissional completo, de treinos individualizados a apoio médico e fisioterápico, impactando positivamente a tropa da ativa e da reserva

A rotina de um policial militar é marcada por desafios que exigem preparo físico e equilíbrio mental. Ciente disso, o Comando Geral da Polícia Militar de Sergipe implementou duas iniciativas que estão redefinindo o conceito de bem-estar na Corporação: o projeto Pró-Vida e o Clube de Corrida. Mais do que simples atividades, os programas se consolidaram como pilares de transformação, promovendo saúde integral para os militares da Ativa e da Reserva Remunerada.

O ponto de encontro mais visível dessa transformação acontece todos os sábados, na Orla de Atalaia. Ali, a PMSE monta uma estrutura completa para receber os participantes do Clube de Corrida. A ação, no entanto, vai muito além de um treino coletivo. Sob a supervisão de instrutores formados em Educação Física, cada policial pratica a corrida de forma orientada, seguindo uma planilha de treinamento individualizada e adaptada à sua realidade. Essa personalização é a chave para que tanto veteranos quanto iniciantes possam evoluir com segurança.

Para garantir essa segurança, o suporte é robusto. Uma equipe do Hospital da Polícia Militar (HPM), acompanhada de uma ambulância, está sempre a postos. Além disso, serviços de fisioterapia são disponibilizados no local, focados na prevenção e no tratamento de eventuais lesões. A estrutura se completa com uma farta oferta de hidratação, incluindo água, repositores eletrolíticos, sucos e frutas, assegurando a recuperação dos atletas.

De “100 Metros aos 10 km”: A virada da reserva

Os resultados dessa iniciativa são visíveis e relatados com orgulho pelos participantes. É o caso do Sargento J. Adilson, da Reserva Remunerada. Ele conta que a vida no interior e a rotina de trabalho o levaram ao sedentarismo, mas a reserva lhe deu uma nova oportunidade através do Pró-Vida, onde participa há um ano.

“Tenho certeza que melhorou muito a qualidade de vida e a minha saúde”, afirma o sargento. A mudança é drástica: “Era sedentário, nem sequer corria cem metros. Fui até convidado anteriormente por alguns superiores, meus, mas não levei a sério e hoje estou aqui, graças a Deus estou praticando e competindo. Já faço até dez quilômetros”.

O sargento, que agora se prepara para novas competições, vê o projeto como um benefício que espera desfrutar por muitos anos. “Estou aqui com minha saúde em dias”, comemora.

Saúde mental e flexibilidade: O impacto no dia a dia

O impacto dos projetos não é apenas físico, mas profundamente mental. A tenente Genivalda, que participou do Pró-Vida desde a primeira edição no Parque da Sementeira, buscou a atividade enquanto enfrentava um problema de ansiedade.

“Posso garantir que melhorou bastante minha qualidade de vida, meu sono, meu humor. Eu fiquei mais feliz no dia a dia pra trabalhar”, relata a tenente. Os benefícios, segundo ela, transbordaram para o ambiente doméstico: “Minha família também ganhou com isso, porque eu fiquei bem mais leve, mais feliz, mais descontraída, soube lidar mais com meus familiares e com meus problemas do dia a dia”.

Embora a carga horária de trabalho a tenha afastado por um período, o novo formato do Clube de Corrida aos sábados permitiu seu retorno. A flexibilidade do programa é um diferencial. “Já recebi uma planilha pra fazer o meu trabalho durante a semana. Eu posso fazer na academia, posso cumprir a planilha também na rua, dentro do próprio condomínio onde eu moro”, explica.

A tenente destaca a rapidez com que sentiu os benefícios ao voltar. “Já dei uma melhorada no humor, já tô mais leve, o sono também já tá melhor.”
Ao final do treino, ela celebra a estrutura completa à disposição, mencionando que aproveitaria a “massoterapia” (fisioterapia) para relaxar. “Só agradecer ao nosso comandante da polícia militar, o coronel Alexsandro Ribeiro, por todo esse trabalho”, finaliza.