Linda Brasil manifesta apoio a servidores públicos e à valorização da categoria

Durante a Sessão Plenária, desta quarta-feira (29), a deputada Linda Brasil (Psol) utilizou a Tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para destacar pautas voltadas à valorização do serviço público, manifestar apoio às mobilizações nacionais contra a reforma administrativa e criticar o modelo de gestão por Organizações Sociais (OSS) no Estado.

Apoio aos servidores públicos

A parlamentar iniciou seu pronunciamento relembrando o Dia do Servidor Público, celebrado em 28 de outubro, e expressou solidariedade aos trabalhadores do serviço público que participaram da Marcha Nacional contra a Reforma Administrativa, realizada em Brasília.

“Essa reforma destrói o serviço público e a administração pública do nosso país. Saúdo com respeito e admiração os sindicatos sergipanos e todas as entidades que seguem firmes na defesa dos direitos das servidoras e dos servidores, e na luta pela qualidade e fortalecimento do serviço público”, afirmou.

Linda Brasil ressaltou que a defesa do serviço público é uma pauta democrática e de interesse coletivo, pois impacta diretamente a população. “Defender o serviço público não é pauta corporativa. É defender a educação, a saúde, a segurança, a assistência social e o direito do cidadão”, destacou.

Ato em Sergipe e mobilização nacional

A deputada também informou sobre o ato público organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), marcado para esta quinta-feira (30), em frente à Alese, com o objetivo de discutir e fortalecer a mobilização contra a reforma administrativa.

Ela mencionou ainda que a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) pretende realizar uma marcha nacional de parlamentares contra a proposta. “Seguiremos em Sergipe abertas e abertos ao diálogo e à luta por um serviço público fortalecido e valorizado”, reforçou.

Crítica às Organizações Sociais

Em outro momento do discurso, Linda Brasil criticou o modelo de gestão pública por meio de Organizações Sociais (OSS), adotado em algumas áreas do Estado, especialmente na saúde.

Segundo a deputada, o modelo representa um processo de privatização e precarização dos serviços públicos e dos direitos trabalhistas. “Essas OSS fazem parte de um projeto privatista e entreguista que destrói o serviço público e precariza os direitos da classe trabalhadora”, afirmou, defendendo a realização de concursos públicos como forma de garantir estabilidade, transparência e qualidade no atendimento à população.

A parlamentar também fez referência à mobilização da Frente Ampla contra as Organizações Sociais, que realizou um ato no Calçadão da Rua João Pessoa. “É inadmissível que um prédio como o novo Hospital do Câncer, com mais de R$ 300 milhões investidos, seja entregue a empresas envolvidas em escândalos e fraudes de recursos públicos”, criticou.

Encerrando sua fala, a deputada reafirmou o compromisso do mandato com a valorização do funcionalismo e a defesa dos serviços públicos essenciais. “Seguiremos firmes na luta por um Estado que cuida, protege e garante direitos a toda a população sergipana”, concluiu.

Foto: Jadilson Simões / Agência de Notícias Alese