Líder de facção criminosa é condenado por tentativa de homicídio qualificado em júri realizado na Capital
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) obteve, na última quinta-feira, 30 de outubro, a condenação de dois réus por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe, em sessão do Tribunal do Júri realizada em Porto Alegre. O crime ocorreu em 2014 e teve como vítima Silvio Dênis, após desavenças relacionadas ao tráfico de drogas.
A promotora de Justiça Lúcia Callegari atuou no julgamento, que resultou na condenação de Márcio Chultz, líder de uma facção criminosa, à pena de 12 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão, em regime fechado. O juiz aplicou duas agravantes: a liderança em organização criminosa e a reincidência. O réu havia cumprido três anos de pena em presídio federal, em decorrência da Operação Pulso Firme. O outro acusado, Paulo Roger da Silva, foi condenado a 8 anos de reclusão, também em regime fechado. Ambos foram denunciados pelo MPRS por tentativa de homicídio qualificado, praticado por motivo torpe.
Para a promotora de Justiça Lúcia Callegari, “o Tribunal do Júri reafirma o papel da sociedade na responsabilização de quem acredita estar acima da lei. A condenação dos dois réus, especialmente do líder da facção, que representa um grande perigo para a sociedade gaúcha, é um recado claro: quem manda é o Estado, não o crime organizado”.
