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Conclusão de inquérito marca retorno do secretário de Segurança Pública ao Governo de Goiás


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“Diante do resultado das diligências realizadas, foi consenso entre os três delegados responsáveis pela investigação de não haver elementos indicativos destes dois tipos penais, peculato e interceptação ilegal”. A afirmação é do delegado-geral da Polícia Civil, Odair José, que apresentou, nesta quinta-feira, dia 25, a conclusão do inquérito instaurado que apurou denúncias feitas contra o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, por Jorge Caiado, primo do governador. Ao expor a conclusão, o delegado-geral da PC, Odair José, deu detalhes de todos os procedimentos adotados, que culminaram com o pedido de arquivamento da matéria ao Judiciário, já que não foram encontrados indícios que comprovassem as acusações feitas contra Rodney. “Em depoimento, o denunciante não trouxe nenhum elemento indicativo dos crimes relatados”, pontuou Odair José.

Presente ao evento, o governador Ronaldo Caiado elogiou a postura do titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que se afastou da função e que pediu o acompanhamento do Ministério Público no caso para que não houvessem ilações de interferência nas investigações. “O senhor volta com todas as credenciais e condições de poder, cada vez mais, exigir o cumprimento da lei e o combate firme e intensivo, sem trégua, à corrupção e também ao crime organizado em nosso Estado”, ressaltou o líder goiano.

Ao discursar, Caiado ainda falou sobre as intempéries a que, muitas vezes, os agentes públicos estão sujeitos em suas trajetórias. Detentor de seis mandatos no Congresso Nacional, o governador lembrou de um caso semelhante, que envolveu, à época, o presidente Itamar Franco e seu amigo pessoal e ministro da Casa Civil, Henrique Hargreaves. “Quando houve suspeitas de corrupção contra o Hargreaves, ele próprio solicitou o seu afastamento ao presidente para ser investigado. Sempre admirei a transparência do Itamar”, relatou o governador. Assim como as denúncias contra o ex-ministro foram consideradas improcedentes – de acordo com relatório final da CPI do Orçamento –, as contra o secretário goiano também não se mostraram fundamentadas.

O secretário de Segurança Pública ressaltou que abriu mão do foro privilegiado a que teria direito em função do cargo que ocupa, justamente porque nunca se considerou suspeito ou acusado. “É claro que traz uma chateação uma denúncia como essa, até porque, em quase 40 anos de vida pública, isso nunca tinha acontecido. Mas sempre fui o maior interessado na conclusão dessas investigações”, assinalou.

Rodney ainda falou sobre a missão a ele confiada por Caiado, ainda na época da transição de governo, em 2018, quando lhe foi pedido atenção a três áreas na pasta que viria a ocupar: combate aos crimes violentos, aos rurais, e aos organizados e contra a corrupção. Nesse sentido, ele citou iniciativas que conduziu, como a criação do Grupo de Combate a Corrupção, que em breve, se transforma em delegacia, já que a matéria foi aprovada na Assembleia Legislativa neste mês de junho; a estruturação do Disque-Denúncia contra a Corrupção (181), entre outras. “Vamos continuar trabalhando com honestidade e seriedade para fazer valer a máxima do governador: entregar Goiás aos goianos de bem”.

Investigação

O delegado-geral da Polícia Civil relatou que as investigações, por critérios técnicos, foram conduzidas pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminais Organizadas (Draco) e ficaram a cargo de um colegiado de três delegados. Além da degravação do áudio da denúncia, o trabalho incluiu oitivas feitas com o secretário, que se apresentou espontaneamente à delegacia; e com o atual e o ex-comandante do Corpo de Bombeiros, para cobrir todo o lapso temporal em que Rodney esteve à frente da pasta até o pedido recente de férias para a apuração do caso. Também foram ouvidos um agente de polícia, Jorge Caiado e as delegadas-chefes da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e do Centro de Monitoramento da Polícia Civil.

Odair José explicou a fragilidade dos dois pontos elencados pelo denunciante. Em relação à interceptação ilegal, Jorge Caiado disse que desconfiava de tal fato, porque seu telefone apresentou ecos e ruídos. “Um telefone interceptado não produz ecos ou ruídos. A Polícia Civil também não faz interceptação. Quando há suspeitas em qualquer caso, um pedido é encaminhado ao Ministério Público e, se o juiz autorizar, a operadora faz a interceptação solicitada”, detalhou o delegado.

Sobre a fala de que “Rodney teria recebido dinheiro do Corpo de Bombeiros”, Jorge Caiado disse, durante a oitiva, que ouvira falar sobre isso, sem citar fontes ou a devida finalidade de suposto ato.

Fotos: Erick Corrêa

Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

Fonte: Governo GO

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