Entre 2018 e 2019, foram criados 27.302 novos postos de trabalho no Espírito Santo, um crescimento de +3,08%. Os dados, além de outros indicadores e das características gerais do Emprego Formal no Estado do Espírito Santo, constam no caderno de pesquisa lançado em evento virtual, nesta quinta-feira (03), pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
A publicação tem como base a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério da Economia, com dados relativos ao ano de 2019, e contempla informações, como número de vínculos, remunerações, massa salarial e estabelecimentos, organizados pelos recortes temporal, setorial, ocupacional e as características individuais dos trabalhadores.
O estoque de empregos em 31 de dezembro de 2019, no Espírito Santo, alcançou o patamar de 912.644 trabalhadores formais. Nesse total, encontram-se 710.697 celetistas (77,87% do total), 179.129 estatutários (19,63%) e 22.818 outros tipos de vínculos (2,50%).
A análise conjunta dos Estabelecimentos, Vínculos e Remunerações mostra que, em 2019, o Espírito Santo alcançou um total de 84.198 estabelecimentos (72.976, em 2009), e R$ 2.565,87 de remuneração média percebida (R$ 2.155,22, em 2009), o que corresponde a uma variação média relativa anual maior para as remunerações (+1,76%), seguida pela variação dos estabelecimentos (+1,44%) e da variação no número de vínculos (+1,11%).
O setor de Serviços é o que possui o maior número de estabelecimentos (38,47%) e vínculos (36,36%) no Estado naquele ano. Na divisão regional dos dados, a microrregião Metropolitana se destaca no ranking do número de vínculos, estabelecimentos e remunerações, quando comparados aos anos de 2009 e 2019.
Entre as características dos empregados no Estado, a maior participação foi na faixa etária de 30 a 39 anos e 73,41% dos que possuem doutorado são do gênero feminino.
“Vínhamos em um processo de recuperação em 2019, mas a pandemia destruiu empregos no Espírito Santo, no Brasil e no mundo. Os capixabas têm o privilégio de contar com uma sociedade mais organizada e com um governo que liderou com muita eficiência o barco estadual nesse mar revolto que vivemos. Nas últimas estimativas do PIB de 2020, a economia do Espírito Santo caiu, mas caiu menos do que a do Brasil, o que nos mostra que o trabalho por aqui está na direção certa”, avaliou o diretor-presidente do IJSN, Daniel Cerqueira.
Nesse sentido, a subsecretária de Estado de Gestão de Projetos da Secretaria de Desenvolvimento, Fabrine Schwanz, participou do evento on-line de lançamento do caderno de pesquisa e ressaltou a importância de trazer o tema para a discussão. Em sua fala, ela explicou as ações do “Plano Espírito Santo – Convivência Consciente”, um grande pacto construído com a colaboração dos setores público e privado para promover a recuperação econômica e consolidar uma parceria robusta e duradoura pelo desenvolvimento do Estado.
“Um dos grandes pilares do Plano é a geração de empregos, em que serão empenhados esforços coletivos para a geração de mais de 100 mil empregos formais, para dar celeridade em projetos estruturantes que podem contribuir para este propósito. Além disso, uma das questões do Governo do Estado é fornecer ferramentas para que o cidadão esteja capacitado para as oportunidades que serão ofertadas”, disse Fabrine Schwanz.
“No curto prazo, temos esse processo de superar o atual aumento de casos da Covid, mas a médio e longo prazos existe um trabalho intensivo do Governo no sentido de promover o desenvolvimento econômico. O Plano Espírito Santo vai ser uma bandeira importante para promover esse processo de aumento do emprego, do PIB, da atividade econômica e da felicidade da população capixaba”, enfatizou Daniel Cerqueira.
O documento contempla, ainda, uma visão de longo prazo do mercado formal no Espírito Santo, com série histórica desde 1985, possibilitando uma visão do contexto mais ampliado do comportamento dos postos de trabalho formais no Estado.
A análise das informações busca a realização de melhorias contínuas nas políticas públicas do Estado, ação condizente com a missão institucional do Instituto Jones dos Santos Neves.
“Além do acompanhamento da evolução do mercado formal de trabalho no Espírito Santo, a pesquisa tem como objetivos subsidiar e qualificar as análises dos principais atores do mercado de trabalho, que necessitam delas para referenciar o planejamento e a tomada de decisão”, explicou o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN, Antônio Ricardo Freislebem da Rocha.
Acesse o caderno “Características do Emprego Formal no Espírito Santo” AQUI.
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