Uma forma simples de “plantar água”: o sistema de barraginhas permite que pequenas bacias façam a captura de enxurradas e com que as chuvas infiltrem nos terrenos, conservando a água e o solo. Trata-se de uma tecnologia social de baixo custo que traz diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos.
Pensando nisso, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em parceria com a Fundo Estadual de Recursos Hídricos e Florestais do Espírito Santo (Fundágua), elaborou um folder explicativo intitulado “Barraginhas – Conservação de solo e recuperação hídrica”, com informações completas a respeito de práticas que são fundamentais antes e depois da construção desse sistema e os seus objetivos e potencialidades nas propriedades.
Segundo a coordenadora do projeto, a extensionista do Incaper, Cintia Bremenkamp, o projeto partiu da ideia de desenvolver um bom trabalho de adaptação e divulgação dessa tecnologia no Espírito Santo.
“Dessa forma, foi elaborado um projeto de capacitação, transferência de tecnologia e implantação do Projeto Barraginhas da Embrapa, em microbacias no Estado do Espírito Santo, onde estão sendo construídas unidades de referência em propriedades de agricultores em dez municípios capixabas, em parceria com os escritórios locais do Incaper e com os bolsistas envolvidos. Além disso, estão sendo feitas pesquisas para adaptação da tecnologia na realidade do nosso Estado, bem como a elaboração de materiais de divulgação dessa tecnologia”, contou a extensionista.
Os municípios contemplados são Atílio Vivácqua, Cachoeiro de Itapemirim, Santa Leopoldina, Laranja da Terra, São Roque do Canaã, Colatina, Água Doce do Norte, Nova Venécia, Pinheiros e Mucurici.
O projeto teve o apoio dos parceiros Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh).
“Barraginhas plantam água e mudam realidades. Primeiro é preciso plantar a água para depois colher os frutos de sua abundância”, lembrou Cintia Bremenkamp.
Texto: Tatiana Toniato Caus (jornalismo/GTTC).
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