Em audiência com vice-governadora, embaixador grego confirma interesse de trazer missão econômica do país europeu para Santa Catarina 

Foto: Richard Casas / GVG

A vice-governadora Marilisa Boehm recebeu o embaixador da Grécia, Yannis Tzovas, na tarde desta quinta-feira, 4. O representante do país europeu, que veio para a audiência em Florianópolis com o objetivo de promover a aproximação da comunidade helênica com o governo catarinense, confirmou o interesse de conduzir uma missão econômica da sua nação para conhecer o estado.

“Hoje estivemos aqui com a presença do embaixador da Grécia e foi uma conversa muito positiva. Inclusive, ele viu um vídeo sobre Santa Catarina, nossas belezas naturais, a parte da nossa economia, e ele ficou muito interessado. Nos disse que vai falar com empresas da Grécia para trazê-las aqui para Santa Catarina”, destacou Marilisa.

A vice-governadora fez um relato de ações promovidas pelo Governo do Estado para fazer de Santa Catarina o local ideal tanto para a população quanto para atração de parcerias com outros países. Ela destacou o esforço ininterrupto para garantir cirurgias para quem está na espera; os programas Universidade Gratuita e CaTec; os fortes investimentos no setor de Segurança Pública, com compra de equipamentos, treinamento e valorização das polícias Civil, Militar, Científica e Corpo de Bombeiros; e de portos, aeroportos e ferrovias, além das rodovias.

De acordo com o embaixador, ele veio falar com a vice-governadora sobre oportunidades de intercâmbio, comércio e investimentos. “No ano que vem vamos fazer uma missão econômica de empresários gregos e empresas gregas. Está programado para São Paulo, mas também vamos fazer vir essas pessoas para Santa Catarina. Todo mundo sabe que Santa Catarina tem as melhores performances econômicas no Brasil em termos de emprego, desenvolvimento, fábricas, exportação e portos”, afirmou. 

O embaixador deixou claro que o interesse é aumentar as vendas de produtos da sua nação para Santa Catarina. “Mas o inverso também é interessante. Não é negativo importar do Brasil. Quanto mais se importa, mais se exporta também. A relação é mútua, é recíproca”, garantiu. 

De acordo com o Observatório Fiesc, as relações comerciais entre o Estado e a Grécia são consolidadas. Em 2025, por exemplo, de janeiro até dezembro, Santa Catarina exportou US$ 16 milhões  para a nação mediterrânea. As vendas foram principalmente de motores elétricos, tabaco não manufaturado e madeira compensada. Por outro lado, as importações de frutas, aparelhos para conexão de circuitos elétricos e azeite puro representaram um total de US$ 3,53 milhões. 

O secretário adjunto de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos, Emerson Pereira, destacou que os laços históricos que unem gregos e catarinenses facilitam a ampliação de investimentos. “Temos setores estratégicos como turismo, logística, energia, agricultura e indústria em forte expansão. Deste modo, Santa Catarina se apresenta como um parceiro natural para aproximar empresas, instituições e oportunidades entre o Mediterrâneo e o Sul do Brasil”, comentou. 

O presidente da Associação Helênica de Santa Catarina, Andréas Evagelos Karabalis, também citou a história dos imigrantes gregos se confunde com a história de Florianópolis. “Santa Catarina de Alexandria dá nome ao estado e tivemos o governador Jorge Lacerda, que era filho de gregos”, destacou. Segundo ele, há uma semelhança muito grande entre a cultura grega e a capital catarinense. “A própria história da cidade se confunde com eles. Basta falar dos primeiros comerciantes gregos que tinham suas lojas ao redor da Praça XV”, relatou.

A agenda também contou com a presença de representantes da Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul.

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Jornalista Alessandro Bonassoli
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