A última quarta-feira (10) foi o primeiro dia de reabertura do comércio na cidade de São Paulo. Região conhecida pelo comércio ambulante e de lojas, a rua 25 de Março teve um movimento alto logo no começo da flexibilização. De manhã, já havia aglomerações em filas.
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Antes das 11h, horário em que seria permitida a reabertura do comércio, a alameda Porto Geral tinha filas filas e aglomerações em frente a lojas de fantasias e bijuterias. Nas ruas cheias da região da 25 de Março, havia muitos clientes carregando sacolas de compras.
Os consumidores andavam em meio aos ambulantes sem máscaras ou deixavam a proteção apenas no queixo, inclusive idosos. Segunindo as recomendações da Prefeitura de São Paulo, as lojas mediram a temperatura de cada pessoa que entrava nos locais. A maioria ofereceu álcool em gel para os clientes e muitas higienizavam mãos e até sola dos sapatos dos consumidores.
A grande presença de fiscais da prefeitura não impediu as filas enormes que não respeitavam a distância mínima de um metro entre as pessoas.
No região do Brás, a movimentação foi menor. Em algumas do bairro comercial, as lojas chegaram a ficar vazias no início da tarde da quarta-feira. A exceção foi a rua do Oriente, que teve um forte movimento e alta circulação de pessoas pelos comércios – mas não o suficiente para formar filas na porta das lojas, como ocorreu na 25 de Março.
Nas calçadas do Brás também era grande o número de vendedores ambulantes que espalharam roupas no chão para vender.
O sindicato dos comerciários quer denunciar as empresas que descumpriram o protocolo neste primeiro dia de reabertura do comércio na capital paulista, aponta Ricardo Patah, presidente da entidade. Ele disse que as aglomerações de clientes que se formaram em frente aos comércios é de responsabilidade dos proprietários dos locais.
Resposta
A Prefeitura de São Paulo disse em nota que neste início de reabertura gradual do comércio, os protocolos preveem a possibilidade de abertura ao público por quatro horas, conforme recomendações das autoridades de Saúde.
As Subprefeituras também fiscalizam os estabelecimentos que não estão permitidos a funcionar no município. Desde o início das restrições, cerca de 2 mil agentes têm trabalhado na fiscalização e 592 estabelecimentos foram interditados por descumprirem as regras vigentes.
A prefeitura também diz que as medidas foram adotadas após serem debatidas com representantes do próprio setor. “A entidade representativa do setor deverá informar a todos os seus representados sobre os protocolos a serem seguidos e apoiar sua implementação. Também destaca que é importante manter comunicação contínua com seus associados, esclarecendo dúvidas e estimulando a continuidade das medidas enquanto durar a pandemia.”
A Subprefeitura da Sé fiscaliza, junto com a Polícia Militar, a atuação de ambulantes na região da 25 de Março. Na manhã desta quarta (10), aconteceu uma operação, onde foram realizadas 311 apreensões de comércio irregular.
A Subprefeitura da Mooca afirmou que 20 equipes realizam ações de fiscalização diariamente, das 7h às 18h e das 22h30 às 5h30 na região do Brás e Pari em conjunto com a PM. Entre o mês de abril e junho, foram apreendidas mais de 18 mil peças de roupas vendidas irregularmente na região.
A Subprefeitura de Santana Tucuruvi disse que orientou as equipes de fiscalização e agentes vistores para que realizassem todas as medidas necessárias e pertinentes em consonância com o decreto em vigência para o funcionamento dos comércios. Todos os funcionários receberam máscaras acessórios para a realização das ações de fiscalização.