Diretamente afetados pela pandemia e as limitações provocadas pelas medidas de isolamento social, os profissionais da área de eventos se reuniram nesta segunda-feira (5) em passeata em Belo Horizonte cobrando retomada gradual das atividades.
Vestido de preto em sinal de luto, o grupo de empresários e trabalhadores da área de eventos , reuniu, por exemplo, técnicos, produtores e outros agentes da indústria do entretenimento, cobrando uma posição da Prefeitura de Belo Horizonte e do Estado de Minas Gerais em relação à delicada situação do setor.
Os cerca de 2.00 participantes, de acordo com os organizadores, caminharam até a porta da sede da prefeitura da capital mineira, na avenida Afonso Pena. A passeata foi liderada pelas seguintes entidades do setor: Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (Amee), Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos de Minas Gerais (Sindiprom -MG) e Associação Brasileira das Empresas de Formatura (Abeform).
Rodrigo Marques, presidente da Amee , disse ao jornal O Tempo que espera que a passeata sirva como marco para a retomada do diálogo entre o setor e o poder público. Segundo Marques, representantes da área de eventos apresentaram protocolo de reabertura ao Estado e à Prefeitura de Belo Horizonte há dois meses, mas não houve nenhum retorno. “Quando se fala em eventos, pensa-se em grandes shows, mas não é isso. O setor é abrangente, estamos falando de palestras, congressos, festas de 15 anos, confraternizações maiores”, explicou o presidente da Amee ao jornal mineiro.
Aglomerações não são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que é principal empecilho para que grandes eventos voltem a ocorrer. Por outro lado, os representantes da área defendem um plano de retomada segura dos eventos de menor porte e citam as festas clandestinas como algo que atrapalha a vida de milhares de trabalhadores, que buscam uma retomada “segura e correta”.
Fora de Belo Horizonte , eventos de menor porte já podem ser realizados de acordo com protocolos autorizados pelo poder público, e essa é a expectativa dos representantes na capital mineira: retomar o diálogo e elaborar um plano para que as atividades voltem gradualmente.
“Pergunto: o que você faria se estivesse sete meses sem renda e com as contas continuando a chegar? É isso que estamos passando”, afirmou ao jornal O Tempo o presidente da Amee. Ele lembra ainda que receber sinal verde para a retomada não representaria ter atividades imediatamente. Segundo Marques, após o aval, ainda haveria espaço para dialogar soluções e construir caminhos da retomada segura, mesmo diante da urgência do setor.