InícioECONOMIADólar sobe para R$ 5,32 em meio a tensões sobre coronavírus

Dólar sobe para R$ 5,32 em meio a tensões sobre coronavírus


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Em meio a temores sobre uma segunda onda de casos de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, o mercado financeiro teve um dia de tensão e de perdas em todo o planeta. No Brasil, o dólar interrompeu uma sequência de três quedas e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 5,30. A bolsa caiu para o menor nível em oito dias.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (24) vendido a R$ 5,325, com alta de R$ 0,172 (+3,33%). Esta foi a maior alta diária desde 18 de março, quando a divisa tinha subido 3,94%. A moeda operou em alta durante toda a sessão, até fechar próxima da máxima do dia. A divisa acumula valorização de 32,69% em 2020.

O euro comercial fechou o dia vendido a R$ 6,008, com alta de 3,07%, acima de R$ 6 pela primeira vez desde a última quinta-feira (18). A libra comercial valorizou-se 2,76% e foi vendida a R$ 6,63.

Bolsa

O dia também foi marcado por turbulências no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira) fechou o dia com queda de 1,66%, aos 94.377 pontos. O indicador caiu para o menor nível desde o último dia 16, quando tinha encerrado aos 93.531 pontos.

O Ibovespa refletiu o mercado internacional. O índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, teve forte queda de 2,72% após a divulgação de que os novos casos diários de covid-19 nos Estados Unidos voltaram aos níveis de abril. A doença está se deslocando do nordeste do país para o sul e o oeste.

FMI

A divulgação pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de que a recessão provocada pela pandemia de coronavírus será mais forte que o previsto também afetou o mercado. Hoje, o organismo internacional revisou de 3% para 4,9% a projeção de encolhimento da economia global em 2020.

Para o Brasil, a previsão de contração do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano passou de 4,3% para 9,1%. As projeções para 2021, no entanto, apresentaram melhora, com a estimativa de crescimento subindo de 2,9% para 3,6%.

Edição: Nádia Franco

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