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Covid-19 coloca Brasil em home office e muda políticas de contratação em 2020


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Retrospectiva
Arte/iG

retrospectiva 2020

Além das diversas dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19 , como desemprego ,  isolamento social e o fechamento de empresas devido à queda nas vendas, o ano de 2020 foi de mudanças de políticas de trabalho nas empresas que conseguiram se sustentar em meio à crise. O tradicional escritório e as conversas nos corredores, deram lugar ao home office e as reuniões virtuais , além de recorrer às contratações de pessoas jurídicas para conseguir equilibrar as contas

Enquanto isso, o número alto de demissões fez com que a população procurasse alternativas para ter renda, fora o auxílio emergencial . Dentre as opções mais procuradas, está o empreendedorismo .

Neste capítulo da Retrospectiva 2020 , o P ortal iG lembra os efeitos da pandemia de Covid-19 nas empresas e os reflexos do desemprego no aumento de empreendedores no país.

Sai o escritório, entra o home office

Home Office
Reprodução: iG Minas Gerais

Levantamento aponta que mais de 90% das empresas aprovam home office, mas 75% delas não vão manter método de trabalho

Com as medidas de restrições impostas por estados e municípios no combate à pandemia, as empresas se viram obrigadas a liberar os funcionários para trabalharem em casa , para não haver contaminação entre os empregados. Para muitos negócios, a medida foi uma inovação, pois, além de mudar a política de trabalho, deu oportunidades para funcionários trabalharem de outros estados do país .

De acordo com um levantamento feito pelo Índice de Transformação Digital da Dell Technologies 2020, cerca de 87% das empresas brasileiras aceleraram o processo de digitalização, número acima da média mundial (80%). A alternativa também foi usada para reduzir custos em meio à crise financeira. Com os funcionários trabalhando de casa, as empresas aproveitaram para economizar com benefícios, como o vale-transporte, e diminuição de carga horário e salários previstos pela União.

Durante os dez meses da doença no país, o home office foi aprovado por funcionários e empresas, mesmo com os desafios impostos pelo distanciamento e pelos obstáculos causados pela internet. Embora a aceitação das empresas tenha sido de 94% , um estudo feito pela Fundação Instituto de Administração (FIA) aponta que 75% delas não manterão o home office com o fim da pandemia.

CLT ou PJ? 

CLT
Divulgação

Desde o início da pandemia, as empresas estão preferindo a contratação via PJ para reduzir custos

Outra alternativa encontrada pelas empresas para reduzir os custos e poder aumentar o quadro de funcionários, foi realizar contratações  na modalidade pessoa jurídica (PJ) , como se fosse prestação de serviços. De acordo com a plataforma de tecnologia em recursos humanos, Revelo, houve um aumento de 27% em contratações nesta modalidade até junho deste ano.

Ainda segundo a plataforma, o número de vagas ofertadas para pessoas que possuem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) cresceu 36% durante a pandemia.

A empresa informou que a pesquisa foi feita com 14 mil empresas e um milhão de candidatos a vagas de emprego.

Empreendedorismo

Empreendedorismo
Reprodução

Empreendedorismo cresceu 14,8% entre fevereiro e setembro deste ano, diz Governo Federal

A procura de empresas por funcionários PJ e o alto número de demissões causadas pela crise econômica, fez com que a população procurasse alternativas para conseguir manter a renda. O número de novos empreendedores cresceu 14,8% entre fevereiro e setembro deste ano, se comparado ao mesmo período de 2019. Os dados do Portal do Empreendedor mostram ainda que, atualmente, cerca de 10,9 milhões de CNPJs estão em funcionamento

Em outro levantamento, desta vez feito de Sebrae , aponta que 25% da população adulta no Brasil está envolvida na abertura de um novo negócio ou trabalhando em uma empresa com cerca de 3 anos de atividade.

Ainda segundo a entidade, dentre os empreendedores ouvidos, 67% utilizam canais digitais , como redes sociais, aplicativos ou internet, para divulgar o próprio negócio e aproximadamente 16% passaram a realizar vendas por esses meios de comunicação .

A expectativa para 2021, de acordo com especialistas ouvidos pelo Portal iG, é que o empreendedorismo digital continue crescendo no país e, com incentivos do Governo Federal e recuperação econômica , o número de novas empresas tenha um salto significativo até o fim do terceiro trimestre do próximo ano.

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