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Banco Central estende redução do compulsório a prazo até abril


Até abril do próximo ano, os clientes dos bancos terão à disposição mais recursos que podem ser emprestados. O Banco Central (BC) prorrogou a redução da alíquota dos depósitos compulsórios a prazo que os bancos são obrigados a recolher para a autoridade monetária.

O percentual, que retornaria a 25% em dezembro, permanecerá em 17%. A partir de abril de 2021, a alíquota subirá para 20% e, segundo o BC, ficará nesse nível permanentemente.

Segundo o BC, a medida foi tomada para ajudar a economia em meio à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). A autoridade monetária não divulgou o impacto da injeção de recursos até abril. Apenas informou que, depois de abril, a redução permanente do compulsório para 20% significará a injeção de R$ 62 bilhões na economia.

Os depósitos compulsórios a prazo representam a fatia do dinheiro depositado pelos clientes de uma instituição financeira em aplicações como poupança e Certificado de Depósito Bancário (CDB) que os bancos são obrigados a depositar no BC. Os compulsórios têm o objetivo de garantir a segurança do sistema financeiro, impedindo que os bancos emprestem indiscriminadamente e fiquem sem caixa.

No entanto, esse mecanismo pode servir como instrumento de política monetária, porque, ao reduzir ou aumentar o volume de recursos retidos, o BC libera ou restringe os recursos livres que podem ser emprestados aos clientes.

Em nota, o BC informou que a extensão do compulsório de 17% até abril tem como objetivo facilitar a adaptação dos bancos à futura alíquota permanente de 20%. “A decisão, no atual momento, visa dar previsibilidade para que o mercado se ajuste para cumprir a nova alíquota”, destacou a instituição financeira.

Em fevereiro, o BC tinha diminuído o compulsório sobre depósitos a prazo de 31% para 25%, sob o argumento de estimular o crescimento da economia. Com o início da pandemia da covid-19, a alíquota passou para 17% de forma emergencial, dentro do pacote de medidas que injetou R$ 1,2 trilhão no sistema financeiro.

Edição: Fernando Fraga

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