O Pix foi criado pelo Banco Central , com a promessa de facilitar pagamentos e transferências entre pessoas e empresas. A proposta foi apresentada em fevereiro de 2020 e poderá ser usada em novembro do mesmo ano.
Separamos uma lista de 20 perguntas e respostas acerca do novo sistema de pagamentos que pode dar fim ao TED , DOC e boletos bancários .
1. O que é o Pix?
Basicamente, o sistema de pagamentos permitirá transferências a qualquer hora ou dia (mesmo durante a virada de Ano Novo) para pessoas, empresas ou entidades governamentais. É como enviar uma mensagem de texto, só que dinheiro.
Para isso, será preciso saber apenas uma das chaves do recebedor, escanear o QR Code ou usar o NFC para pagamentos sem contato.
2. Quando posso usar o Pix?
As chaves poderão ser cadastradas a partir de 5 de outubro de 2020. O meio de pagamento só funcionará a partir de 16 de novembro. É uma janela de pouco mais de um mês para que esteja tudo certo antes do início das operações.
3. Quanto custa o Pix?
Para pessoas físicas não há custo para usar o Pix — no entanto, instituições bancárias podem cobrar pelo serviço. Para empresas (pessoas jurídicas) há uma taxa nas transações.
4. Pix é um aplicativo?
Não, o Pix é um sistema que será integrado aos demais aplicativos de pagamentos ou bancos .
5. O que são as chaves?
Chaves funcionam como apelidos (dá para comparar como o nome de usuário em uma rede social) para facilitar a transferência ou pagamento por meio do Pix . Ao invés de memorizar e digitar código do banco, agência, número da conta e CPF/CNPJ, o pagador só precisa informar uma chave de quem vai receber a ordem. Essa chave pode ser:
- E-mail;
- Número de telefone;
- CPF;
- Sequência aleatória gerada pelo Banco Central.
Note que uma chave já vinculada a uma conta bancária não poderá ser usada em outra instituição financeira.
6. Posso mudar minha chave para outro banco?
Sim. Haverá possibilidade de fazer a portabilidade da chave. A alteração das chaves só funcionará das 8h às 20h, de qualquer dia. Diferente dos pagamentos, que podem ser feitos a qualquer momento.
7. E se eu mudar de e-mail ou número de celular?
Será preciso cadastrar esses endereços como novas chaves e excluir as anteriores no gerenciador de chaves da instituição financeira que usa.
8. E se alguém já estiver usando um e-mail meu como chave?
É possível fazer a reivindicação da chave, no aplicativo da instituição que deseja cadastrar, desde que seja comprovada a titularidade daquele endereço. O mesmo vale para outros tipos de chave (telefone e CPF).
9. Tem limite de chaves?
Para pessoas físicas, até cinco chaves podem ser cadastradas em uma conta. Pessoas jurídicas podem ter até 20 chaves por conta.
10. E se eu não quiser informar meu e-mail ou telefone?
Para isso há a sequência aleatória como possibilidade de chave para o Pix . Será um conjunto de números, letras e símbolos que identificará a conta recebedora. Pode-se ter mais privacidade ao não entregar dados pessoais, por outro lado, é mais suscetível a erros no momento do pagamento.
11. Como são feitos os pagamentos?
Os bancos e fintechs precisam implementar o Pix no próprio aplicativo, para habilitar o pagamento ou transferência. Empresas com mais de 500 mil clientes são obrigados a adotar esse sistema.
No aplicativo , bastará informar uma das chaves do contato, informar o valor e completar a transferência.
Também será possível pagar por QR Code (apontando a câmera do celular para leitura do código) ou por NFC, para aparelhos que têm a tecnologia. Mas, claro, vai depender a implementação das empresas.
12. Posso pagar qualquer coisa?
Desde que o recebedor aceite o Pix (tenha uma conta com uma chave cadastrada), sim.
13. Preciso ter conta em banco para pagar e receber?
Não. O Pix vai funcionar também com fintechs como o PicPay ou Mercado Pago , as chamadas carteiras digitais. Dessa forma, quem tem conta em banco pode enviar para alguém no PicPay ou vice-versa.
14. E se eu enviar um Pix para a pessoa errada?
O pagador deverá conferir os dados (valor e destinatário) antes de confirmar a operação. Depois que a transação for efetivada, não poderá ser estornada ou cancelada. A solução é negociar com o recebedor e pedir a devolução.
15. Posso cancelar um Pix?
Após a confirmação, não há como cancelar ou solicitar estorno do valor. A menos que o recebedor aceite devolver os valores.
16. É o fim do TED e DOC?
Não, mas com o Pix , TED e DOC se tornam ainda mais obsoletos. Tanto pela demora e limitações na operação quanto na usabilidade, em ter que inserir várias informações do recebedor.
17. Qual a diferença do Pix para o TED ou DOC?
Há algumas diferenças:
- Não há restrição de horários para efetuar um Pix ;
- O dinheiro é transferido na hora, no caso de TED e DOC pode levar um dia útil;
- Pix não exige conta bancária, pode ser feito via carteiras digitais;
- Um endereço (chave) é suficiente para transferir no Pix, sem precisar informar banco, agência, número da conta e documento do recebedor.
18. Tem saque?
A partir de 2021 será possível fazer saques até mesmo em estabelecimentos comerciais, como uma loja de roupas. O atendente gera um QR Code, o usuário faz o pagamento e retira o dinheiro em espécie.
19. Pix é seguro?
Sim. As informações são protegidas pelo sigilo bancário, assim como as transferências via TED e DOC, e pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) . As transações também serão criptografadas.
20. Por que eu deveria usar o Pix?
O Pix facilitará o pagamento para quem recebe ou paga, por ser um meio de pagamento instantâneo, prático, gratuito (espera-se) e obrigatório em todas instituições financeiras com mais de 500 mil clientes.