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Vacina no braço de crianças em casa de acolhimento de Ceilândia

O “certificado de coragem” foi o “incentivo” que as crianças usaram para convencer outros coleguinhas a tomarem a “picada” contra a covid-19 | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Uma rede de apoio se formou ao redor do pequeno João, seis anos. Com o “certificado de coragem” em mãos, quatro crianças tentavam convencê-lo de que a furadinha da agulha não iria doer nada. Só então o choro compulsivo para, e o garoto recebe a primeira dose da vacina infantil contra a covid-19, disponibilizada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) desde 16 de janeiro nas unidades básicas de saúde (UBSs).

“Estabelecemos uma parceria que facilita a vida dos cuidadores, dos pais e, principalmente, das próprias crianças, que são preservadas e têm o acesso à campanha garantido”Cleide Ribeiro, enfermeira e supervisora da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Ceilândia

A vacinação de oito crianças ocorreu na manhã desta terça-feira (18) na Casa do Carinho, em Ceilândia, um espaço que recebe e cuida de menores em situação de abandono ou com síndromes raras. Todas elas foram encaminhadas ao local pela Vara da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), por isso suas identidades reais serão preservadas nesta reportagem.

Assim como João, o irmão José, de oito anos, foi vacinado e se voluntariou, destemido, a ser o primeiro do grupo. “Não quero pegar covid”, dizia ele, curioso com as câmeras, os crachás e atento ao movimento da equipe de reportagem que acompanhava a vacinação.

A ação do GDF faz parte de um trabalho rotineiro da Secretaria de Saúde de atendimento em instituições de longa permanência onde, no caso da vacinação infantil, os pacientes mirins são atendidos em domicílio para preservação de suas imagens e das suas saúdes.

Acesso sem sair de casa

Na Casa do Carinho, por exemplo, estão abrigados 17 meninos e meninas em regime de acolhimento, vítimas de abandono, abuso ou maus tratos. Outros 14 têm comorbidades raras – como paralisia cerebral, atrofia muscular ou casos agudos de convulsão. Três deles, com idade entre 5 e 11 anos, estão entre os oito vacinados. “Na pandemia, tivemos que mudar a dinâmica de acompanhamento e visita dos pais. Com as crianças imunizadas, poderemos normalizar a presença dos responsáveis por mais tempo aqui”, explica a gerente da instituição, Cássia Barbosa.

O suporte à instituição é prestado pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Ceilândia. Cleide Ribeiro é enfermeira e supervisora do posto. De acordo com ela, o acompanhamento e a orientação às casas de apoio começaram em 2020. Antes da vacinação desta terça-feira (18), técnicos avaliaram as condições de saúde do grupo para se certificarem se estavam aptos a receber a dose do imunizante.

“Estabelecemos uma parceria que facilita a vida dos cuidadores, dos pais e, principalmente, das próprias crianças, que são preservadas e têm o acesso à campanha garantido”, conclui Cleide.

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Fonte: Agência Brasília

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