O projeto de decreto legislativo que concede o título de cidadão honorário de Brasília ao jornalista Toni Duarte foi aprovado nesta terça-feira (10) pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, sendo de autoria do deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil).
O título de Cidadão Honorário de Brasília é a mais alta distinção outorgada pelo Poder Legislativo do Distrito Federal a pessoas que, embora não sejam naturais da capital, escolheram o DF como seu lar e se destacaram por seus atos de relevante interesse social, incentivando outros cidadãos a dedicarem suas vidas à construção de uma cidade mais justa e próspera.
**Trajetória**
Nascido em São Luís do Maranhão, Toni Duarte possui uma carreira no jornalismo que se estende por quase 50 anos, englobando diversas áreas como artes cênicas, literatura, rádio, ativismo comunitário e política.
Sua trajetória sempre foi marcada pelo compromisso com a justiça social, a cultura e a liberdade de expressão. Ele começou sua carreira no jornal “O Imparcial”, parte dos Diários Associados, onde exerceu funções que iam de repórter fotográfico a editor de reportagens especiais, sempre demonstrando profundo engajamento e especialização.
Nos anos 70, Toni Duarte participou ativamente do movimento artístico de São Luís, com foco em artes cênicas e literatura, refletindo seu amor pelas artes e sua convicção de que a expressão cultural pode ser uma ferramenta de transformação social. Sua peça “A Morte do Boi Operário”, premiada pela Universidade Federal do Maranhão em 1982, o livro “Crimes do Poder” e a coletânea “Poetas da Ponte” são exemplos de seu talento literário e de sua habilidade em usar a arte para criticar e comentar as realidades sociais e políticas de sua época.
Durante 12 anos, Toni se destacou como um dos principais radialistas do Maranhão, utilizando sua voz no rádio para lutar contra a corrupção e o crime organizado. Seu comprometimento o levou a enfrentar riscos pessoais, como o atentado de 1996, quando a Rádio São Luís foi invadida.
Em 1998, Toni mudou-se para Brasília, onde expandiu sua carreira jornalística. Atuou na Rádio Senado e como consultor parlamentar, consolidando seu papel na capital. Fundador do portal Radar DF e da Associação Brasileira de Portais de Notícias (ABBP), ele se tornou um defensor de um jornalismo digital mais inclusivo.
Além de sua carreira no jornalismo, Toni Duarte também se engajou em causas comunitárias, como a regularização dos condomínios horizontais do DF, demonstrando sua capacidade de influenciar políticas públicas e defender os direitos dos cidadãos. Atualmente, ele preside o Rotary Club de Brasília, o mais antigo da capital, e foi imortalizado na Academia Latino-Americana de Ciências Humanas (Alack), ocupando a cadeira nº 1 de jornalismo, cujo patrono é o advogado criminalista e jornalista maranhense José Jâmenes Ribeito Callado.
“A vida e a carreira de Toni Duarte são um testemunho de sua paixão pela verdade, justiça e pela sociedade brasiliense”, destacou Eduardo Pedrosa ao justificar a honraria, que foi aprovada por unanimidade pelos deputados.